Combates no Irão matam três agentes dos Serviços de Informação

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A Guarda Revolucionária havia declarado o fim da sedição, mas a agitação social permanece em várias zonas do país.

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A Guarda Revolucionária do Irão anunciou esta quarta-feira o fim da "sedição" no país, horas depois de milhares de iranianos terem saído para as ruas em diversas manifestações em defesa do regime liderado pelo presidente Hassan Rouhani e do Ayatollah Ali Khamenei.

Contudo, a agitação social parece ainda estar longe do fim, já que a agência de notícias iraniana Mehr avançou ao fim da tarde a morte de três elementos dos serviços de informação após combates com forças anti-revolucionárias em Piranshahr.

Paralelamente, Donald Trump não deixa cair a convulsão que se viveu na última semana no Irão. O presidente dos Estados Unidos voltou à carga no Twitter e declarou o seu respeito pelo povo iraniano, prometendo também o apoio norte-americano "no momento certo".

A mensagem de Trump vem ao encontro da tese de Ali Khamenei, que defendeu que os protestos eram obra de inimigos externos do Irão.

Entretanto, a capital Teerão vive uma relativa tranquilidade, já que as tensões registam-se essencialmente noutras zonas do país. Porém, o sentimento de insatisfação com a situação na sociedade iraniana é comum, fruto de uma estagnação económica e do sentimento de corrupção que grassa no regime.

Para o estudante universitário Mohammad Hossein Vakili, é importante que o governo perceba que os manifestantes não são todos iguais e não devem ser todos tratados da mesma forma: "Os manifestantes dividem-se em dois grupos - um que está realmente a protestar e outro que só causa distúrbios. A primeira coisa que o governo deve fazer é fazer uma distinção entre manifestantes e rebeldes."

Já a contabilista Parvaneh Alizadeh salienta a dificuldade que as famílias de classe média têm para manter as suas contas em dia. "Se os slogans de protesto são insultuosos, nada será resolvido. Por outro lado, eu e o meu marido trabalhamos, mas não conseguimos fazer face às despesas. A realidade é que protestos pacíficos existem noutros países e é bastante natural que as pessoas protestem. Os líderes do país são responsáveis pelo povo."

Os protestos, que começaram por motivos económicos e se tornaram rapidamente políticos, provocaram pelo menos 21 mortos e deram origem a centenas de detenções.

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