Europa ainda muito pouco solidária com os refugiados sírios

Europa ainda muito pouco solidária com os refugiados sírios
De  Isabel Marques da Silva com Reuters
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As guerras na Síria e no Iraque levaram a um nível recorde de pedidos de asilo nos países desenvolvidos, em 2014, registando o valor mais elevado desde o início da guerra na Bósnia, há duas décadas, d

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As guerras na Síria e no Iraque levaram a um nível recorde de pedidos de asilo nos países desenvolvidos, em 2014.

De acordo com a ONU, registaram-se quase 900 mil candidaturas, o valor mais elevado desde o início da guerra na Bósnia, há 22 anos.

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados reuniu-se com a Comissão Europeia, esta quinta-feira, em Bruxelas, para pedir mais solidariedade.

À euronews, António Guterres, disse que “é importante que a Europa ofereça aos refugiados sírios mais oportunidades para entrarem de forma segura no espaço europeu. Isso significa aceitar mais candidatos a asilo, mas também uma política mais flexível na concessão de vistos em várias áreas e programas de reunificação das famílias mais justos”.

“Para combater o espaço de manobra dos traficantes de seres humanos precisamos criar muito mais vias legais para os refugiados entrarem na Europa em segurança”, acrescentou o Alto Comissário.

Líbano, Jordânia e Turquia são alguns dos países que receberam os 3,9 milhões de refugiados sírios. O governo turco diz que acolheu quase um terço dese número.

Durante uma visita oficial ao país, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, afirmou que “o que me toca muito, e que até me faz sentir envergonhado, é ver como a questão dos refugiados é atualmente discutida nos países europeus, incluindo na Alemanha”.

“Nesse caso em concreto, estamos a falar de 30 mil ou 40 mil refugiados sírios a serem recebidos num país com 82 milhões de habitantes. Mas aqui vemos 120 mil refugiados numa cidade que apenas tinha 100 mil habitantes. Tiro-lhes o meu chapéu!”, referiu Martin Schulz.

A ONU pede também mais donativos já que, em 2014, conseguiu apenas metade das verbas necessárias para responder à crise de refugiados no Médio Oriente.

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