David Cameron enfrenta-se a Bruxelas, apenas cinco dias após a reeleição e depois do primeiro Conselho de Ministros do novo governo, esta
David Cameron enfrenta-se a Bruxelas, apenas cinco dias após a reeleição e depois do primeiro Conselho de Ministros do novo governo, esta terça-feira, em Londres.
Segundo o porta-voz do executivo britânico, mais do que uma reforma das instituições da UE, o primeiro-ministro pretende renegociar os textos dos tratados europeus. Uma situação rejeitada por Bruxelas, quando Cameron reafirmou a intenção de convocar um referendo à permanência do país na UE.
A nível interno, a mensagem do primeiro-ministro é, para já, de defesa do programa conservador, frente ao primeiro executivo em 18 anos constituído apenas por figuras do seu partido:
“Penso que é absolutamente vital que, cada decisão tomada, cada política levada a cabo, cada programa iniciado por nós, tem que garantir a toda a gente deste país as melhores oportunidades de viver uma boa vida, aproveitando os seus talentos – é isto que vai defender este governo. E se alguns acusam-nos de praticar o conservadorismo operário, ou a defesa dos contribuintes mais ricos, eu prefiro considerar que somos o verdadeiro partido da classe trabalhadora”.
Sem depender, pela primeira vez, de um parceiro de coligação, Cameron promete prosseguir a política de redução da despesa pública, nomeadamente ao nível da política social.
O primeiro braço de ferro com Bruxelas, sobre a questão das reformas exigidas por Londres – uma promessa de campanha de Cameron – está previsto para o próximo conselho europeu de 25 e 26 de junho.