Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Alemanha: A necessidade por detrás da solidariedade

Alemanha: A necessidade por detrás da solidariedade
Direitos de autor 
De Ricardo Figueira com Sophie Desjardin
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

A situação demográfica leva o país a precisar da mão-de-obraestrangeira

PUBLICIDADE

Cartazes de boas-vindas e uma população acolhedora e sorridente para receber uma vaga de refugiados sem precedentes. é a face que a Alemanha, novo Eldorado, quer oferecer aos cerca de 800.000 refugiados que devem chegar este ano.

Por detrás desta onda de solidariedade estão também motivos económicos e demográficos.

A primeira economia da Europa, com uma taxa de desemprego de apenas 6,4% e uma população a envelhecer, precisa desta mão-de-obra e vai precisar mais ainda dentro de alguns anos.

Os empresários alemães pedem um acesso rápido e simples destas pessoas ao mercado de trabalho.

Com 670.000 nascimentos contra 870.000 óbitos por ano, a população alemã tem dificuldade em renovar-se. A taxa de fertilidade é muito baixa, apenas de 1,36 por cada mulher em idade fértil. Os menores de 15 anos representam apenas 13% da população. Os menores de 25 anos são 22%, enquanto os maiores de 65 representam já mais de 20%. Em 2060, podem ser um terço da população.

A Alemanha faz assim apelo à mão-de-obra imigrante. Com a recente crise financeira, a Alemanha começou a recrutar licenciados vindos dos países do sul da Europa mais afetados, incluindo Portugal.

Neste momento, a Alemanha precisa de recrutar 140.000 engenheiros, programadores informáticos e técnicos, segundo a confederação patronal.

Se nada for feito, o país vai precisar de 1,8 milhões de trabalhadores de todos os setores dentro de 5 anos e de 3,9 milhões em 2040.

Outros setores a precisar de mão-de-obra são a saúde, a hotelaria e o pequeno comércio. Só este ano, há 40.000 postos de formação que devem ficar por preencher.

As iniciativas locais para recrutar estrangeiros multiplicam-se. Por enquanto, a lei exige que, antes de se dar emprego a um refugiado ou imigrante, haja uma prova de que nenhum candidato alemão é indicado para aquele posto de trabalho. Uma lei que pode ter os dias contados.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Christian Brückner, principal suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann, já está em liberdade

Chanceler alemão "preparado mentalmente" para que a guerra na Ucrânia se "arraste"

Governo alemão aceita proposta para incentivar o serviço militar voluntário