Terrorismo domina cimeira do G20

Os ataques terroristas em Paris acabaram por roubar o protagonismo a outros temas, na cimeira que reúne os chefes de Estado e governo dos países mais industrializados do mundo e das principais economias emergentes.
Schengen está em perigo não por causa dos recentes ataques, mas porque o controlo das fronteiras externas não funciona, ou funciona muito mal. A ênfase tem de ser posta no reforço das fronteiras externas.
Nesta cimeira do G20 em Antalya, na Turquia, François Hollande preferiu ficar em França e fez-se representar pelo ministro dos Negoócios Estrangeiros Laurent Fabius.
O presidente norte-americano Barack Obama lembrou que o importante é derrotar o grupo Estado Islâmico na Síria: “Vamos redobrar os esforços para trabalhar com outros membros da coligação para que haja uma transição pacífica na Síria e o Daesh (Estado Islâmico), essa força criadora de tanta dor e sofrimento, seja em Paris, em Ancara ou outras partes do globo, seja eliminada”.
Uma questão importante é saber agora o que fazer das fronteiras da União Europeia. Alguns setores da política, como a Frente Nacional de Marine Le Pen, em França, pedem o fim da zona Schengen.
Para o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o importante é reforçar as fronteiras externas: “Schengen está em perigo não por causa dos recentes ataques, mas porque o controlo das fronteiras externas não funciona, ou funciona muito mal. A ênfase tem de ser posta no reforço das fronteiras externas”, disse Juncker, em resposta à enviada especial da euronews Margherita Sforza.
Os atentados terroristas acontecem ao mesmo tempo em que uma vaga de refugiados nunca vista chega às fronteiras da Europa, uma crise que tem ocupado a agenda política nas últimas semanas.
Everything that can be done at European level to make France safe will be done. #Parishttps://t.co/9l9kYIXSfk
— Jean-Claude Juncker (@JunckerEU) November 14, 2015
L'Europe solidaire avec la France #NousSommesUnis#Paris#solidaritépic.twitter.com/S0qBt8e4Ty
— European Commission (@EU_Commission) November 14, 2015