ONU aprova supervisionar aplicação de acordo de paz na Colômbia

ONU aprova supervisionar aplicação de acordo de paz na Colômbia
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De  Francisco Marques com Lusa, ONU e FARC-EP
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Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou por unanimidade o envio de uma "missão política" para o terreno assim que o acordo de paz entre o governo colombiano e as FARC esteja ratificado

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O conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, por unanimidade, supervisionar o processo de paz em curso na Colômbia, entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias.

A resolução aprovada em Nova Iorque implica uma missão política de observadores na Colômbia assim que estiver no papel o acordo final entre as partes.

.UN</a> Security Council approves mission to monitor peace deal between <a href="https://twitter.com/hashtag/Colombia?src=hash">#Colombia</a> and FARC <a href="https://t.co/1u7ANRMFbO">https://t.co/1u7ANRMFbO</a> <a href="https://t.co/UeCwIthG7B">pic.twitter.com/UeCwIthG7B</a></p>&mdash; UN News Centre (UN_News_Centre) 25 janeiro 2016

(Conselho de Segurança aprova missão de monitorização do acordo de paz entre a Colômbia e as FARC.)

O presidente Juan Manuel Santos agradece: “A decisão tomada pelo Conselho de Segurança significa que, a partir de agora, já não estamos sozinhos. Vamos pela mão da ONU e do mundo até ao fim desta guerra. É a melhor garantia de cumprimento.”

O fim do conflito de meio século — o mais longo em curso na América Latina — teve um forte impulso em Cuba, há 4 meses. Raul Castro apadrinhou em Havana o aperto de mão entre o presidente colombiano Juan Manuel Santos e o líder das FARC, Timoléon Jiménez, conhecido como “Timochenko”, selando o compromisso de assinar um acordo de paz final no prazo de 6 meses.

[ Comunicado conjunto do governo colombiano e das FARC,
de 22 de janeiro de 2016
]

Há mais de três anos sobre a mesa, o processo de paz em curso aguarda agora que o cessar-fogo entre as partes e o desarmamento dos guerrilheiros fique preto no branco e seja transposto para o terreno com a ONU a supervisionar.

FARC

Fundadas em 1964, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, a que se junta ainda o termo “exército do povo”, tiveram na base uma rebelião camponesa reprimida com violência por volta de 1948. Os membros eram liberais, tinham o apoio do Partido Comunista Colombiano e evoluíram para o maior grupo paramilitar da América do Sul. Presume-se que integrem cerca de 7.000 combatentes.

Na semana passada, as autoridades colombianas libertaram, pela primeira vez, guerrilheiros das FARC. “É um primeiro gesto unilateral do governo após ter avaliado o respeito pelo cessar-fogo unilateral pelas FARC, a diminuição da violência daí decorrente e os avanços do processo”, anunciou, a 21 de janeiro, o gabinete do Alto-comissário para a paz na Colômbia, informando que “16 das 30 pessoas que o Governo decidiu agraciar em 22 de novembro estão atualmente em liberdade”. A decisão surgiu em resposta à proposta dos revolucionários, uns dias antes, de libertação de guerrilheiros presos como um novo gesto de confiança nas conversações e um dia depois do pedido conjunto à ONU para a formação de uma missão de observadores internacionais para supervisionar o cessar-fogo.

Canciller y Secretario General de la ONU se reunieron para dialogar sobre el proceso de paz de Colombia pic.twitter.com/HelQWiL6L6

— Cancillería Colombia (@CancilleriaCol) 26 janeiro 2016

(Chanceler e o secretário-geral da ONU reuniram-se para discutir o processod e paz da Colômbia.)

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