Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou por unanimidade o envio de uma "missão política" para o terreno assim que o acordo de paz entre o governo colombiano e as FARC esteja ratificado
O conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, por unanimidade, supervisionar o processo de paz em curso na Colômbia, entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias.
A resolução aprovada em Nova Iorque implica uma missão política de observadores na Colômbia assim que estiver no papel o acordo final entre as partes.
.UN</a> Security Council approves mission to monitor peace deal between <a href="https://twitter.com/hashtag/Colombia?src=hash">#Colombia</a> and FARC <a href="https://t.co/1u7ANRMFbO">https://t.co/1u7ANRMFbO</a> <a href="https://t.co/UeCwIthG7B">pic.twitter.com/UeCwIthG7B</a></p>— UN News Centre (
UN_News_Centre) 25 janeiro 2016
O presidente Juan Manuel Santos agradece: “A decisão tomada pelo Conselho de Segurança significa que, a partir de agora, já não estamos sozinhos. Vamos pela mão da ONU e do mundo até ao fim desta guerra. É a melhor garantia de cumprimento.”
O fim do conflito de meio século — o mais longo em curso na América Latina — teve um forte impulso em Cuba, há 4 meses. Raul Castro apadrinhou em Havana o aperto de mão entre o presidente colombiano Juan Manuel Santos e o líder das FARC, Timoléon Jiménez, conhecido como “Timochenko”, selando o compromisso de assinar um acordo de paz final no prazo de 6 meses.
Há mais de três anos sobre a mesa, o processo de paz em curso aguarda agora que o cessar-fogo entre as partes e o desarmamento dos guerrilheiros fique preto no branco e seja transposto para o terreno com a ONU a supervisionar.
FARC
Fundadas em 1964, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, a que se junta ainda o termo “exército do povo”, tiveram na base uma rebelião camponesa reprimida com violência por volta de 1948. Os membros eram liberais, tinham o apoio do Partido Comunista Colombiano e evoluíram para o maior grupo paramilitar da América do Sul. Presume-se que integrem cerca de 7.000 combatentes.
A decisão surgiu em resposta à proposta dos revolucionários, uns dias antes, de libertação de guerrilheiros presos como um novo gesto de confiança nas conversações e um dia depois do pedido conjunto à ONU para a formação de uma missão de observadores internacionais para supervisionar o cessar-fogo.
Canciller y Secretario General de la ONU se reunieron para dialogar sobre el proceso de paz de Colombia pic.twitter.com/HelQWiL6L6
— Cancillería Colombia (@CancilleriaCol) 26 janeiro 2016