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ONU diz que colonatos israelitas "constituem violação flagrante do direito internacional"

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fotografia de stock Direitos de autor  Yuki Iwamura/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
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De Ioannis Karagiorgas & Euronews com ΑΠΕ-ΜΠΕ
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O Conselho de Segurança debateu os colonos israelitas, considerando-os uma "violação do direito internacional". O Coordenador do Processo de Paz no Médio Oriente diz que atividades dos colonatos aceleraram durante os últimos meses na Cisjordânia ocupada.

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Na sessão aberta do Conselho de Segurança da ONU sobre "a situação no Médio Oriente, incluindo a questão palestiniana", os debates centraram-se em Gaza e na atividade de colonização israelita nos territórios ocupados.

Em causa estava o 'briefing' mensal do organismo, focado no relatório do secretário-geral sobre a implementação da Resolução 2334, de 2016, que apela ao fim das atividades de colonatos israelitas e exige o fim da incitação à violência.

O relatório foi apresentado pelo coordenador especial para o Processo de Paz no Médio Oriente, Ramiz Alakbarov que indicou que a "a atividade de colonização acelerou" no período entre 18 de junho e 19 de setembro, e que as autoridades israelitas promoveram ou aprovaram cerca de 20 810 novas unidades de colonização na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, tendo sido aprovado em 20 de agosto um plano para mais de 3 400 unidades habitacionais na zona E1.

"Os colonatos israelitas não têm validade jurídica e constituem uma violação flagrante do direito internacional e das resoluções internacionais. Estão a reduzir sistematicamente o território do Estado palestiniano e a consolidar ainda mais a ocupação ilegal de Israel", afirmou Ramiz Alakbarov, durante a sessão.

Além disso, as ações militares israelitas também se intensificaram em toda a Faixa de Gaza, com os ataques a atingirem estruturas civis como escolas e hospitais. Perante a ofensiva militar, aumentaram as vítimas no território e contínuo deslocamento em massa da população, segundo explicou Ramiz Alakbarov.

O observador permanente da Palestina na ONU, Riyad Mansour, denunciou que "a liderança israelita está a avançar para a segunda fase do genocídio na Cisjordânia, a eliminação do povo palestiniano, da nação, e está a afirmá-lo muito claramente sob o slogan NÃO à solução de dois Estados".

Entre os Estados a firmarem posição na sessão esteve a Grécia, que manifestou a sua profunda preocupação com as atividades de Israel numa altura em que está em curso um grande esforço para pôr termo à guerra.

Aglaia Balta com António Guterres
Aglaia Balta com António Guterres https://www.facebook.com/GreeceMFA

A representante permanente da Grécia, Aglaia Balta, referiu que os desafios continuam a ser complicados.

"A recente expansão dos colonatos e a violência dos colonos na Cisjordânia, incluindo a violência contra as comunidades cristãs, são igualmente preocupantes e minam ainda mais as perspetivas de paz", afirmou Balta, apelando a uma paragem imediata e descrevendo os planos para novos colonatos na zona E1 como "particularmente preocupantes".

Aglaia Balta, membro do Conselho de Segurança da ONU, falou da situação humanitária "profundamente preocupante e insustentável" em Gaza, especialmente no que se refere às crianças, e sublinhou a "necessidade urgente de um acesso humanitário seguro, desimpedido e sustentado em grande escala".

A Grécia, membro do Conselho de Segurança e parceiro tradicional tanto de Israel como dos palestinianos, afirmou estar pronta a "contribuir ativamente para o trabalho coletivo que temos pela frente".

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