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Conselho de Segurança da ONU aprova plano de paz de Trump para Gaza

O Conselho de Segurança da ONU aprovou na segunda-feira um plano dos EUA para Gaza, Nações Unidas, Nova Iorque, Estados Unidos, 17 de novembro de 2025.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou na segunda-feira um plano dos EUA para Gaza, Nações Unidas, Nova Iorque, Estados Unidos, 17 de novembro de 2025. Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Evelyn Ann-Marie Dom
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A resolução redigida pelos EUA, votada a favor por 13 países e com a abstenção da Rússia e da China, inclui a criação de uma força internacional de estabilização e aprova uma autoridade de transição a ser supervisionada pelo próprio Trump.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou, esta segunda-feira, uma resolução elaborada pelos Estados Unidos que apoia o plano de paz do presidente Donald Trump para Gaza. Esta inclui a criação de uma força internacional de estabilização, uma autoridade de transição supervisionada por Trump e prevê um possível caminho para um Estado palestiniano independente.

Treze dos quinze Estados-membros votaram a favor da resolução, com as abstenções da Rússia e da China. A votação aprova o plano de cessar-fogo de 20 pontos apresentado por Trump no início de setembro.

O plano propõe a criação de uma autoridade transitória designada por "Conselho da Paz", um conselho liderado pelo próprio Trump encarregado de supervisionar a governação e a reconstrução em Gaza. O líder norte-americano disse que os membros do conselho serão nomeados nas próximas semanas.

A resolução prevê igualmente a entrada na Faixa de Gaza de uma Força Internacional de Estabilização, que terá por missão supervisionar as fronteiras, manter a segurança e desmilitarizar o território.

A autorização para o conselho e para a força expira no final de 2027.

Trump aplaudiu a votação na rede social Truth Social: "Esta será uma das maiores aprovações na história das Nações Unidas, conduzirá a uma maior paz em todo o mundo e é um momento de verdadeira proporção histórica!"

O Hamas, por outro lado, opôs-se à resolução, alegando que não satisfaz "as exigências e os direitos políticos e humanitários do povo palestiniano".

"Atribuir à força internacional tarefas e papéis dentro da Faixa de Gaza, incluindo o desarmamento da resistência, retira-lhe a neutralidade e transforma-a numa parte do conflito a favor da ocupação", lê-se num comunicado do grupo.

O embaixador dos Estados Unidos na ONU, Mike Waltz, considerou a resolução "histórica e construtiva".

"A resolução de hoje representa mais um passo significativo em direção a uma Gaza estável, capaz de prosperar e um ambiente que permita a Israel viver em segurança", acrescentou.

A resolução estava a ser negociada há duas semanas, quando as nações árabes e os palestinianos pediram aos Estados Unidos que reforçassem a sua linguagem sobre a autodeterminação palestiniana.

A proposta ainda não estabelece um calendário ou uma garantia para a criação de um Estado independente, afirmando que tal seria possível após progressos significativos na reconstrução de Gaza e reformas da Autoridade Palestiniana (AP), que atualmente governa partes da Cisjordânia.

Antes da votação, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou a sua oposição à solução de dois Estados.

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