"Brexit": City poderá perder até 100 mil empregos até 2020

"Brexit": City poderá perder até 100 mil empregos até 2020
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De  Patricia Cardoso com REUTERS, LUSA, AFP
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O “Brexit” poderá implicar a perda de milhares de empregos na City de Londres.

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O “Brexit” poderá implicar a perda de milhares de empregos na City de Londres.

O centro financeiro londrino poderá perder em primeiro lugar a Autoridade Bancária Europeia. A União Europeia afirmou estar a ponderar a repatriação do regulador financeiro para outra cidade. O exemplo poderá ser seguido pelos grandes bancos norte-americanos, que tinham escolhido a capital britânica como porta de entrada no mercado europeu.

O JPMorgan evocou a hipótese de mudar as atividades para outra cidade europeia, através de um memorando enviado aos funcionários logo depois do referendo.

#JPMorgan CEO Dimon just emailed staff saying they 'may need to look at legal structures and role of staff in Britain'. So it begins.

— Maria Farrell (@mariafarrell) 24 de junho de 2016

Mas mudar para onde?

Rudiger von Rosen, do Centro sino-alemão de Finanças e Economia, adianta: “A City de Londres é praticamente o maior centro bancário do Mundo. Haverá algumas mudanças da City para outros lugares. Na linha da frente, está certamente a cidade de Frankfurt”.

A cidade alemã tem um argumento de peso. Acolhe já a sede do Banco Central Europeu.

Mas por exemplo, o banco britânico HSBC parece preferir Paris. A capital francesa e o bairro da “Défense” já começaram a operação de charme. Já os argumentos fiscais podem ser favoráveis a Dublin.

No final, segundo o gabinete PricewaterhouseCoopers, até 2020, a City em Londres poderá perder entre 70 000 e 100 mil empregos.

100,000 financial jobs on the line stir up the ‘Brexit’ debate https://t.co/u91QQ43e4p#brexit#city#uk#jobs#pwc#leaveuk#thecityuk

— Ricardo Esteves (@FXesteves) 14 de abril de 2016

O serviço financeiro em Londres emprega 2,2 milhões de pessoas e, em 2014, representou 190 mil milhões de libras, o equivalente a 12% do PIB do Reino Unido.

Mas as consequências do “Brexit” vão para lá do setor financeiro.

As empresas britânicas estão a congelar os investimentos, devido à incerteza de todo o processo de negociação com a UE, e a associação de empresários alerta que poderão ser congeladas também as contratações.

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