Poucos avanços à vista na diplomacia centrada na Síria: sem acordo à vista, ainda não se sabe se afinal o secretário de Estado norte-americano e o ministro russo dos Negócios Estrangeiros sempre se vã
Poucos avanços à vista na diplomacia centrada na Síria: sem acordo à vista, ainda não se sabe se afinal o secretário de Estado norte-americano e o ministro russo dos Negócios Estrangeiros sempre se vão voltar a encontrar, como inicialmente previsto, até esta sexta-feira em Genebra.
O Kremlin confirmou, no entanto, um telefonema esta quarta-feira entre John Kerry e Sergei Lavrov, para discutir nomeadamente a possibilidade da cooperação entre os dois países para combater os grupos terroristas ativos na Síria.
Maria Zakharova, porta-voz da diplomacia russa, afirmou esta quinta-feira que “o principal obstáculo” é “a questão de separar a oposição moderada dos terroristas. Este é o problema principal”. Zakharova disse não poder “avançar mais detalhes”, mas a questão reflete claramente o desacordo entre Washington e Moscovo acerca de que grupos são considerados terroristas, à parte dos “jihadistas” do Estado Islâmico.
Em Londres, a oposição moderada síria tentou fazer ouvir a sua voz, apresentando um plano de transição política numa reunião com os chefes da diplomacia do Reino Unido e de França, Boris Johnson e Jean-Marc Ayrault. Um plano que inclui o afastamento do presidente sírio, Bashar al-Assad, uma opção contra a qual sempre tem resistido Moscovo, aliada de Damasco.