Bombardeamentos na Síria: Alepo em risco de desaparecer do mapa

Bombardeamentos na Síria: Alepo em risco de desaparecer do mapa
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De  Euronews
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A opinião pública começa, pouco a pouco, a despertar para a tragédia dos habitantes de Alepo, na Síria, onde as bombas caiem diariamente. Várias vozes alertam para a situação.

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A situação em Alepo, onde as infraestrutras civis – escolas e hospitais, por exemplo – são alvos sistemáticos dos bombardeamentos e raides aéreos das forças do regime sírio ou da força aérea russa, começam a despertar a opinião pública e a consciência da comunidade internacional sobre a crise humanitária na cidade, onde permanecem ainda 250 mil pessoas.

Desde ontem, uma petição assinada por ativistas, jornalistas e universitários do mundo inteiro circula na internet, para chamar a atenção do drama de Alepo e para tentar acabar com a carnificina de que os civis estão a ser alvo.

A redação do semanário alemão, Der Stern, decidiu, esta sexta-feira, publicar apenas fotos da cidade de Alepo e dos seus habitantes, mas não fotografias chocantes. Os jornalistas estimam que não podem tomar posição sobre o que se passa no terreno na Síria, enquanto profissionais da informação.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, já tinha alertado no mês passado a comunidade internacional apra a gravidade da situação, após o ataque a um comboio humanitário. “O triste, selvagem e aparentemente deliberado ataque de ontem a um comboio humanitário da ONU e do Crescente Vermelho é o último exemplo. As Nações Unidas foram obrigadas a suspender a ajuda humanitárias por causa deste ultraje”, anunciou.

Com o apoio da aviação russa, o regime de Damasco lançou há duas semanas uma grande ofensiva, que mudou radicalmente o quotidiano dos residentes na cidade.

“Aqui nesta zona já não há ninguém. Temos conhecimento de apenas duas ou três famílias que ficaram aqui. A água foi cortada há mais de um ano e meio e a eletricidade também já foi cortada”, conta um combatente do Exército Livre da Síria.

O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, alertou na quinta-feira para a eventualidade de os bairros rebeldes de Alepo serem completamente arrasados, se a vasta ofensiva militar continuar.
“O máximo será dois meses. Daqui a dois meses e meio, a este ritmo, a cidade de Alepo estará completamente destruída. Estamos a falar particularmente da zona histórica da cidade. Milhares de civis, não terroristas, serão mortos”.

A situação política está num impasse total e as vítimas continuam a acumular-se no meio dos escombros. No plano diplomático nada avança, desde que os Estados Unidos interromperam as negociações com a Rússia para o cessar-fogo na Síria”.

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