Forte desempenho da economia alemã em 2016.
Forte desempenho da economia alemã em 2016. O motor da zona euro está a funcionar em pleno, a tal ponto que regista um excedente orçamental pelo terceiro ano consecutivo.
No ano passado, a Alemanha registou o maior crescimento económico entre as grandes economias mundiais. O PIB cresceu 1,9%, superando o desempenho do Reino Unido (1,8%), do conjunto da zona euro (+,7%) e mesmo dos Estados Unidos (1,6%).
Germany ended the year in style as the world's fastest growing major advanced economy https://t.co/WTcMEy2imQpic.twitter.com/kpBqAxD6Oo
— fastFT (@fastFT) 23 de fevereiro de 2017
Para lá das exportações, a economia beneficiou com os gastos com o acolhimento e integração de centenas de milhares de refugiados.
No final, a Alemanha regista um excedente orçamental de 23,7 mil milhões de euros, o que corresponde a 0,8% do PIB.
“Em termos absolutos, trata-se do mais importante ‘superavit’ registado pelo Estado desde a reunificação” do país, em 1990, anunciou o gabinete de estatísticas, Destatis.
O valor subiu face ao ano anterior, mas a chanceler Angela Merkel minimiza o montante: “O excedente orçamental é federal e precisamos de examinar cuidadosamente o que é o seguro de desemprego e o seguro de pensões. Além disso, devemos ter em conta a situação nos diferentes Estados alemães e comunidades e, quando se olha para o orçamento federal, o excedente é modesto”.
A economia alemã beneficia de uma cotação baixa do euro, da subida dos salários, de uma taxa de desemprego reduzida, de taxas de juros baixas e preços de energia moderados.
O presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, reconhece: “A economia alemã, com uma capacidade de produção sensivelmente mais elevada do que a zona euro, continua em bom estado. A taxa de emprego atingiu um novo recorde histórico no ano passado, graças ao forte consumo interno”.
Domestic demand drives German growth in fourth quarter https://t.co/1I7qybf4ov via
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_FinancialWorld) 23 de fevereiro de 2017
O consumo deverá impulsionar a economia de novo este ano. No entanto, Berlim antecipa uma ligeira desaceleração do crescimento e o gabinete GfK revela que a confiança dos consumidores regista uma queda em março, devido ao aumento da inflação e das incertezas quanto às políticas norte-americanas.
#GfK reports #German#consumer confidence dipped for March. Higher #inflation & concerns over #Trump policies cited https://t.co/C7jkd8szSs
— Howard Archer (@HowardArcherUK) 23 de fevereiro de 2017
Membro do gabinete GfK, Rolf Bürkl, adianta: “O protecionismo é um problema para os trabalhadores das indústrias alemãs de exportação e isso cria incerteza. Algumas pessoas estão agora mais preocupadas com a segurança dos seus empregos”.
O excedente das contas públicas alemãs é criticado por Bruxelas, que pede um maior investimento, por forma relançar toda a zona euro.
Surplus war: #Germany’s current-account #surplus is a problem https://t.co/T2jdWiqjen via
TheEconomist</a></p>— James Blake Wiener (
herrlichmann) 21 de fevereiro de 2017
Como usar o excedente será um dos temas da campanha para as legislativas em setembro.
Martin Schulz, candidato dos sociais-democratas, defende maior investimento. O governo em funções é partidário de uma redução da dívida, de um corte dos impostos e de gastos com defesa, segurança e melhorias sociais.