A única mulher culturista da Líbia prepara-se para uma competição internacional, na Bielorússia.
Fathia Al-Amamy é a única mulher culturista da Líbia. Representa, em breve, o país norte-africano em Bielorrússia, numa competição internacional.
Num país devastado pela guerra, Fathia Al-Amamy, passa grande parte do tempo a treinar no ginásio.
Fathia tem agora 48 anos e não conhece outra mulher que se dedique ao mesmo que ela no seu país.
Numa Líbia muito conservadora, não existem ginásios preparadados para receber mulheres.
Mas Amamy, que é também treinadora, começou em 2012, quando o seu país mergulhava na espiral que culminou com a guerra civil.
“Sou a primeira campeã da Líbia, graças a Deus. A minha primeira participação teve lugar em 2012, numas finais regionais,” explica.
“O meu segundo campeonato teve lugar em 2017. Também cheguei às finais. Agora, vou representar o meu país na Bielorrússia, durante o Ramadão.”
Foram os amigos e a família de Fathia quem a convenceu a competir. Muçulmana praticante, utiliza um dos véus tradicionais islâmicos, neste caso, o hijab, mesmo durante as competições.
O seu treinador, Mohamed al-Wasea, diz esperar que as organizações líbias da modalidade se unam e decidam apoiá-la.
“É a primeira vez que a uma mulher líbia compete a nível internacional. Por isso, esperamos que as associações da modalidade a apoiem”, disse o treinador.
“Mesmo que seja apenas com algumas palavras de encorajamento e com algumas roupas.”
“Sabe como estão as coisa no nosso país. Espero que receba algum encorajamento. Para ficar mais motivada e ter uma melhor prestação.”