Um antigo ministro alemão das Finanças e três ex-comissários europeus pedem a Bruxelas que reduza o financiamento à Hungria, enquanto não "forem restabelecidas as liberdades no país".
Fechar as torneiras do financiamento à Hungria até que sejam “restabelecidas as liberdades democráticas no país e se combata a corrupção” é o que pedem vários ex-dirigentes europeus.
Em carta enviada ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a que a Euronews teve acesso, aponta-se o dedo às políticas e ao comportamento de Viktor Orban. Nomeadamente diz-se que "na Humgria há pouca liberdade de imprensa, que as universidades perderam a independência e que o partido no poder, Fidesz, se amparou das principais instituições públicas".
Os signatários são três antigos comissários europeus e um ex-ministro alemão das Finanças: Hans Eichel, Pascal Lamy e Franz Fischler e Yannis Paleokrassas.
O chefe do governo húngaro, Viktor Orban, tem confrontado abertamente Bruxelas, nomeadamente quanto à políticas migratórias e promove acordos bilaterais de desenvolvimento com países como a China.
A Hungria recebeu da União Europeia, em fundos de desenvolvimento, 5.630 milhões de euros desde 2015 e o investimento público do país está a ser financiado em 95% por Bruxelas.
Os signatários da carta lembram a Juncker que “a Comissão tem o dever de proteger os interesses financeiros da União Europeia”.