Presidência nigeriana rejeita ter trocado presos ou pago resgate para obter libertação de adolescentes de Dapchi
O fim do cativeiro de uma centena de estudantes nigerianas sequestradas pelo Boko Haram em fevereiro levanta agora questões sobre as circunstâncias em que foram libertadas. Esta quarta-feira, sem oferecer explicações, o grupo extremista devolveu as adolescentes na escola de Dapchi, no nordeste do país, onde tinham sido raptadas.
Através do Twitter, a presidência da Nigéria rejeitou alegações em meios de comunicação locais de uma eventual trocas de presos ou pagamento de resgate.
Depois de visitar as estudantes, o ministro da Informação, Alhaji Lai Mohammed, também garantiu que a libertação foi incondicional:
"Temos estado em negociações com esta fação dos insurgentes há bastante tempo e um dos entendimentos era de que, enquanto negociamos no sentido de um cessação total das hostilidades, não haveria raptos. [...] Eles desrespeitaram esse acordo. É por isso que não houve troca, nem foi pago dinheiro."
Há dez dias, a menos de um ano das presidenciais, o chefe de Estado Muhammadu Buhari tinha afirmado privilegiar as negociações sobre a força para libertar as jovens de Dapchi.
Vários observadores coincidem em dizer que a rápida libertação parece descartar uma troca de presos, mas sublinham que um eventual pagamento de resgate fortalece os receios de uma multiplicação dos raptos nos próximos meses.