Começa greve de três meses nos comboios franceses

Começa greve de três meses nos comboios franceses
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De  Antonio Oliveira e Silva e Cyril Fourneris com AFP
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Sindicatos protestam contra reforma imposta pelo presidente Macron.

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Em França, a greve dos ferroviários é de três meses. Os sindicatos anunciaram paralizações de 48 horas a cada cinco dias. Ou seja, em cada cinco dias que passem, dois serão de greve.

O movimento de protesto começou esta segunda-feira. Os sindicatos acusam a ministra dos Transportes, Elisabeth Borne, de não estar aberta ao diálgo.

Os trabalhadores denunciam a reforma do operador público de caminhos de ferro, a SNCF.

O plano de reforma prevê a liberalização do setor e que a empresa passe a contar com capitais públicos e privados.

Os novos contratos, por outro lado terão um novo estatuto laboral, com menos garantias.

Os 140 mil trabalhadores da SNCF contam, atualmente, com emprego para a vida e podem reformar-se, em certos casos, a partir dos 52.

Uma liberalização desejada por Bruxelas

Bruxelas quer a liberalização do setor ferroviario nos 27 Estados membros até 2020, alegando que assim se chegará ao que define como "harmonização do mercado."

Uma estrutura que já existe há 30 anos na Alemanha,  onde os privados asseguram um quarto do total das viagens de passageiros. A maioria, no entanto, continua a usar a Deutsche Bahn, a empresa Estatal.

A Itália, por outro lado, é apresentada como caso de sucesso. Desde a liberalização do setor, no ano 2000, os preços baixaram e o número de passageiros dobrou. As linhas menos importantes, no entanto, foram esquecidas.

A situação é diferente no Reino Unido. Cerca de 25 anos depois das privatizações, a esquerda apela à nacionalização.  Muitos dizem que os comboios britânicos são demasiado caros e lentos.

Editor de vídeo • Cyril Fourneris

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