Neste 1° de Maio, nas ruas de Atenas relembrou-se que, pelo menos, um quinto dos gregos não tem emprego.
Há quem diga que a economia grega está a caminho da retoma. Mas os milhares de manifestantes que ocuparam as ruas de Atenas, neste 1° de Maio, contrapõem com salários abaixo dos 400 euros para uma grande fatia da população, mais impostos e um futuro comprometido.
Perante os anúncios de que a ajuda externa vai terminar no verão, aqui relembra-se que, pelo menos, um quinto dos gregos não tem emprego.
"Toda a gente sabe que o governo diz uma data de mentiras. Nós é que sentimos as coisas na pele. E vamos ter de tomar medidas", dizia-nos um manifestante. Outro realçava que "os trabalhadores sabem que os memorandos não vão terminar e que a austeridade é para continuar. É a realidade da política que está a ser implementada".
Com um cravo vermelho ao peito, o antigo ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, marchou ao lado dos membros do seu novo partido, o Movimento Democracia na Europa 2025 (DiEM25).
"Todas as gerações de trabalhadores têm o dever sagrado de lutar uma e outra vez. Enquanto o capitalismo existir, não há vitórias, nem derrotas definitivas. A cada dia que passa, a situação é pior. Enquanto tivermos dívidas, não há saída possível dos memorandos. Tudo o resto são contos de fadas e vocês sabem disso", salientou.