Autoridades investigam ataque em Liège como terrorismo

Autoridades investigam ataque em Liège como terrorismo
De  António Oliveira e Silva com Belga e Reuters
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Duas agentes da polícia e um passageiro de um carro foram mortos pelo atacante, que acabou abatido pelas autoridades.

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Um homem matou duas agentes da polícia na cidade belga de Liège - região da Valónia - e um passageiro de um automóvel que se encontrava estacionado nas imediações do local onde teve lugar o incidente.

De acordo com o procurador Philippe Dulieu, o ataque teve lugar no centro da terceira maior cidade belga, não muito longe da fronteira com a Alemanha.

O atacante esfaqueou as duas polícias pelas costas e, depois de lhe roubar as armas de serviço, matou-as com vários disparos. Disparou depois sobre um jovem de 22 anos, que se encontrava sentado no lugar do passageiro, na parte dianteira de um veículo, que morreu.

Entrou depois numa escola e fez uma refém, que trabalhava na instituição. Depois de uma troca de tiros com a polícia, o atacante foi abatido por membros das autoridades.

O incidente está a ser tratado pelas autoridades como um ataque terrorista.

A televisão pública francófona belga RTBF diz que o homem tem 36 anos e que estava numa saída precária de uma prisão local, numa informação que não tinha sido, até meio da tarde desta quarta-feira, confirmada pela Justiça Federal belga.

Os procuradores investigam a possibilidade de um ataque de natureza jiadista e tentam saber se o homem se teria convertido recentemente ao islão e se teria contactado redes radicais durante a estadia na prisão.

O diário La Libre Belgique indica que o indivíduo terá gritado "Allahu Akbar" (Allá é grande em língua árabe) durante o ataque. No entanto, informação não foi referida pelo procurador Dulieu durante a conferência de imprensa, ao final da manhã.

O Centro de Crise, organismo dependente do ministério Federal do Interior (Administração Interna), tem mantido o nível de alerta elevado desde os ataques jiadistas de Paris e Bruxelas, durante os últimos três anos.

No entanto, de acordo com as autoridades, o nível de alerta mantinha-se em dois, numa escala de um a quatro, no que corresponde a nível médio.

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