México escolhe novo presidente

Lopez Obrador
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De  Joao Duarte Ferreira
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É a terceira vez que o antigo presidente da câmara da Cidade do México concorre nas eleições presidenciais

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Os mexicanos vão às urnas este domingo para elegerem o sucesso do presidente Enrique Peña Nieto. Entre os quatro candidatos conta-se Andres Manuel Lopez Obrador que lidera as sondagens e concorre pela terceira vez.

O candidato de esquerda e antigo presidente da câmara da Cidade do México promete o fim da corrupção e dos privilégios.

"Vamos acabar com a corrupção! Segundo, vamos acabar com os privilégios!" afirmou Obrador durante um comício.

O candidato reafirmou a sua confiança no futuro do país.

"Estou confiante no futuro. Vai ser uma mudança para melhor, para todo o país. Vai correr tudo bem para o povo mexicano, todos os mexicanos. E não vai haver qualquer retaliação", disse Obrador.

Os empresários e elites económicas já soaram o alarme. Mesmo assim, apesar da retórica anti-direita, a Confederação mexicana dos Empresários mostra-se preparada para colaborar.

"Todos os candidatos que venham a ser eleitos precisam do setor privado", afirmou Gustavo de Hoyos, presidente da Coparmex, Confederação dos Empresários do México.

Mas o que é que as elites económicas receiam?

Em primeiro lugar, Obrador ameaçou anular a construção do novo aeroporto Internacional da Cidade do México, algo em que o multimilionário Carlos Slim está envolvido.

"Estou preocupado e receio o que possa vir a seguir porque se esses são os critérios penso que são critérios de investimento errados".

A reforma energética e, em particular, a abertura da petrolífera estatal ao setor privado iniciada pelo presidente Peña Nieto é outra área de tensões.

O principal conselheiro económico de Obrador, Alfonso Romo, afirma que se trata apenas de rever o que já foi feito para verificar que não existem indícios de corrupção.

"O que estamos a dizer é que vamos rever a situação e tudo o que estiver em condições não será alterado. Obrador já prometeu que tudo o que estiver em ordem será defendido e respeitado", disse Romo após um encontro com empresários.

Apesar das tensões, Obrador tem vindo a suavizar o discurso para com o setor empresarial tendo já prometido que não fará expropriações e nacionalizações.

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