O Presidente, Salva Kiir, e o chefe do principal grupo rebelde, Riek Machar, assinaram um acordo de cessar-fogo e de partilha de poder. Machar junta-se a um governo de unidade nacional como vice-presidente.
Sudão do Sul a caminho de uma era de paz, é a promessa do Presidente do país, Salva Kiir, e do chefe do principal grupo rebelde, Riek Machar, ao assinarem um acordo de cessar-fogo e de partilha de poder, este domingo, em Cartum.
A iniciativa pretende pôr fim à guerra civil que assola o mais jovem país do mundo, provocou dezenas de milhares de mortos e milhões de deslocados em pouco mais de quatro anos de conflito.
“Devemos dedicar-nos a unir o nosso povo e a trabalhar pela transferência pacífica do poder através das urnas, ao invés das balas e das armas," declarou o Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir.
Kiir e Machar já concordaram em estabelecer um cessar-fogo permanente e retirar as tropas das áreas urbanas.
"Tal como alguém disse anteriormente, por vezes o diabo está escondido na implementação. Se não houver vontade política, se assinarmos belos acordos e eles não forem implementados, não teremos feito nada," afirmou o líder rebelde do Sudao do Sul, Riek Machar.
Em virtude do acordo, Riek Machar junta-se a um governo de unidade nacional como vice-presidente. Um posto que já tinha ocupado antes de Salva Kiir o acusar, em 2013, de fomentar um golpe contra ele, mergulhando o país numa guerra civil mortal.
O conflito, alimentado por rivalidades pessoais e étnicas, arruinou a economia do pais que depende fortemente da produção de petróleo bruto.
O Sudão do Sul tornou-se independente do Sudão em 2011.