Macron defende "soberania europeia" sem dependência dos EUA

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Macron ataca isolacionismo "agressivo" de Donald Trump e defende "soberania europeia" sem dependência dos EUA em discurso anual aos embaixadores no Palácio do Eliseu

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Emmanuel Macron diz que preservar a integridade da União Europeia é mais importante do que estabelecer uma relação próxima com o Reino Unido pós-Brexit e ataca o que classifica de isolacionismo "agressivo" de Donald Trump.

O presidente francês apresentou as grandes linhas da política externa no discurso anual aos seus embaixadores, no Palácio do Eliseu.

Macron frisou que, "nos próximos meses", irá "apresentar um projeto para fortalecer a solidariedade europeia no campo da segurança. A Europa não pode continuar a entregar a sua segurança apenas aos Estados Unidos. Cabe [aos europeus] assumir as responsabilidades para garantir a sua segurança e, assim, a soberania europeia".

Macron anunciou a organização de uma cimeira sobre o Mediterrâneo, em Marselha, "no início do verão de 2019" e aproveitou também o encontro para criticar os países-membros com políticas eurocéticas ou que vão a contracorrente do bloco comunitário, apontando nomeadamente o dedo à Itália e à Hungria.

O presidente francês afirmou que "a Itália opõe-se à Europa, não mostrando solidariedade em termos de migração, mas continuando a ser favorável à Europa dos Fundos Estruturais. A Hungria de Viktor Orban nunca foi contra a Europa dos Fundos Estruturais, nem contra a política agrícola comum. Mas é contra a Europa, quando se trata de fazer grandes discursos sobre o cristianismo. Há uma voz clara de oportunismo europeu e reivindicação nacionalista".

Macron disse ainda acreditar na conclusão de um acordo para o "Brexit" até ao fim do ano e defendeu uma reforma do G7, cuja presidência rotativa será assumida pela França em 2019, com um reforço do diálogo com a China, a Índia e o continente africano.

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