Milhares de pessoas manifestaram-se em Barcelona para exigir a independência e criticar o Judiciário espanhol.
Milhares de pessoas reuniram-se na Praça da Catalunha, em Barcelona, para exigir a independência e criticar o Judiciário espanhol no primeiro dia de julgamento de 12 líderes separatistas catalães.
A porta-voz do governo da Catalunha, Elsa Artadi, afirmou que ao se " julgar os responsáveispelo referendo de 1 de outubro em circunstâncias que violam seriamente os direitos civis e políticos fundamentais, isso significa que o que está em julgamento é a democracia".
Esta terça-feira, o Tribunal Supremo de Madrid tornou-se palco de um debate político sobre se o separatismo é realmente sedição.
Nove homens e três mulheres estão a ser julgados pelos supostos papéis no referendo de 2017 e subsequente declaração unilateral de independência da Catalunha.
O Presidente do governo da Catalunha, Quim Torra, foi bastante crítico.
"Hoje assisti ao primeiro dia de um julgamento que nunca deveria acontecer num país que espera ser considerado democrático. Ver os nossos ministros, o presidente do Parlamento e líderes socialistas sentados diante de um tribunal criminal é um ataque à democracia e aos direitos humanos, e um embaraço vergonhoso para a Europa do século XXI," declarou Quim Torra.
O julgamento está focado na decisão do governo regional de realizar o referendo, apesar das repetidas advertências de que violaria a Constituição, que enfatiza a "unidade indissolúvel da nação espanhola".
O caso trouxe para alinha da frente tensões internas de há muito.
Em Madrid, fora do tribunal, manifestantes pela unidade de Espanha chamaram os acusados de terroristas e de conspiradores golpistas.
As penas pedidas pelo Ministério Público contra os doze acusados vão até aos 25 anos de prisão.