A polícia irlandesa acredita que grupos dissidentes prepararam vários ataques na cidade de Londonderry durante a semana da Páscoa
A polícia continua a investigar os atos de violência que marcaram a noite desta quinta-feira em Londonderry, na Irlanda do Norte.
Os vários motins estão a ser considerados com atos terroristas. Num deles morreu Lyra McKee. A jornalista de 29 anos foi atingida a tiro no bairro de Creggan, pouco depois de ter divulgado nas redes sociais imagens dos confrontos.
A polícia irlandesa acredita que grupos dissidentes prepararam vários ataques na cidade durante a semana da Páscoa.
Arlene Foster, deputada do Partido Unionista Democrático, defende que este foi um ataque contra todo o país:
“Este ataque atingiu-nos a todos na Irlanda do Norte. Não é uma questão de ser católico ou protestante, britânico ou irlandês. Foi um ataque à democracia. É preciso ficarmos unidos e dizer: nós não aceitamos isto”.
Michelle O’Neill, líder do partido republicano Sinn Féin, falou de “um ataque ao processo de paz e ao Acordo da Sexta-feira Santa".
“Esta é uma perda trágica de uma vida jovem e nossos corações estão tristes e sentem essa perda. Os autores deste ataque não têm lugar na sociedade, não têm nenhum apoio. Essas pessoas atacaram-nos a todos, atacaram a comunidade, atacaram o povo de Derry, atacaram o processo de paz e atacaram o Acordo da Sexta-feira Santa."
Os investigadores acreditam que Lyra McKee foi atingida por uma bala perdida durante os confrontos entre o ‘Novo IRA’, uma fação que nunca aceitou o acordo de paz, e a polícia de Derry.