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Semana decisiva no Reino dividido

Semana decisiva no Reino dividido
Direitos de autor رويترز
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De  Teresa Bizarro
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Eleições antecipadas, Brexit a qualquer custo, moções de censura e confiança. Politicamente jogam-se os maiores trunfos nos próximos dias

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Ordem é uma palavra que vai ouvir-se muitas vezes esta semana, no parlamento britânico. Politicamente, jogam-se os trunfos mais altos nos próximos dias, tanto no governo como na oposição. A começar com a perspectiva de eleições antecipadas, posta na mesa por muitos conservadores e que levou Boris Johnson a convocar uma reunião de emergência do executivo para analisar as opções.

Esta terça-feira, o parlamento pode travar um Brexit sem acordo, se votar contra a proposta do governo que prevê uma saída a qualquer custo a 31 de outubro.

Se a proposta passar, o líder trabalhista, Jeremy Corbyn pode por em cima da mesa uma moção de censura. Se conseguir apoio suficiente na câmara dos comuns, o gesto pode determinar um novo governo e a convocação de eleições antecipadas.

Corbyn já veio dizer que o país precisa de novas eleições, mesmo depois dos avisos de Tony Blair. O antigo primeiro-ministro afirmou que eleições antecipadas podem ser uma "armadilha" para os trabalhistas, porque "há quem tenha mais medo de Corbyn como chefe do governo" do que de uma saída sem acordo.

Boris Johnson parece concordar com Blair e pode mesmo forçar eleições antecipadas para ganhar legitimidade. As sondagens dão-lhe vantagem e o actual primeiro-ministro tem ferramentas constitucionais para convocar eleições no caso de um chumbo estridente à proposta de um Brexit com ou sem acordo a 31 de outubro.

Mas há ainda mais um cenário a ter em conta.

Gina Miller, a activista que pôs um processo ao governo por abuso de autoridade, tem o apoio do antigo primeiro-ministro conservador John Major.

Há vários processos judiciais para travar a aplicação do célebre artigo 50 a correr em vários tribunais.

Mas mesmo que o governo perca, o recurso para um tribunal superior abriria a porta a uma saída a 31 de outubro.

Bruxelas acompanha estas últimas movimentações com poucos comentários, mas tem repetido que não aceita mais adiamentos ou renegociações do acordo de saída.

Fora dos palcos políticos, o Reino está definitivamente dividido. A semana pode também ser decisiva para determinar o tamanho dos estilhaços.

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