Rússia opôs-se a declaração no Conselho de Segurança que pedia cessar-fogo e presidente turco fala em operação iminente na província de Idlib
A ONU diz que centenas de milhares de sírios que fogem da ofensiva do regime apoiada pela Rússia na província de Idlib estão a ficar encurralados em áreas cada vez mais reduzidas junto à fronteira com a Turquia, "sob condições horrendas", enquanto a nível diplomático não há qualquer solução à vista.
Rida Haj Bakri é um dos milhares de deslocados pelo conflito: "Não sei para onde ir. Só quero fazer-me à estrada, mas o que é suposto fazer? Pôr-me debaixo de uma árvore?"
Segundo as Nações Unidas, 900.000 sírios foram deslocados pela ofensiva desde o dia 1 de dezembro, mais de metade dos quais crianças.
A ONU exigiu à Rússia e à Turquia um acordo que permitar acalmar as tensões no noroeste da Síria, mas nem Moscovo, nem Ancara parecem dar ouvidos.
O presidente turco avançou a possibilidade de uma operação militar iminente na província de Idlib.
A Rússia, por seu lado, opôs-se à adoção, num encontro à porta fechada do Conselho de Segurança da ONU, de uma declaração que reclamava um cessar-fogo e o respeito do direito internacional humanitário, proposta pela França.
Já a reunião pública ficou marcada por insultos entre os representantes turco e sírio.