Parlamento alemão aprova lei para abandono do carvão até 2038

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Direitos de autor Martin Meissner/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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Ambientalistas falam em falta de ambição.

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Contestada pelos ecologistas, a Câmara Baixa do Parlamento alemão (Bundestag) aprovou, esta sexta-feira, a lei que estabelece o abandono progressivo do uso do carvão como fonte de energia até 2038.

Aprovados foram também os apoios de 40 mil milhões de euros destinados a compensar as regiões afetadas pelo período de transição. Na prática, estas verbas deverão contribuir para transformar a economia da Renânia Norte Vestefália, Saxónia-Anhalt e Brandenburgo.

Nas palavras do ministro alemão da Economia, Peter Altmaier, este é "um projeto de gerações."

"Desta forma estamos a dar um importante contributo para o sucesso da proteção ambiental. Afinal de contas, as emissões de dióxido de carbono das fábricas a carvão mineral e linhito representam cerca de um terço das emissões de CO2 do país", sublinhou, em conferência de imprensa, Peter Altmaier.

Os ambientalistas defendem o horizonte temporal de 2030, em vez de 2038. Falam em falta de ambição e em desperdício do dinheiro dos contribuintes. Como forma de protesto subiram ao telhado da Câmara Baixa do Parlamento quando decorria a votação.

"Protestamos contra a lei do carvão porque não promove o abandono progressivo do carvão, porque deixa as fábricas que funcionam a carvão na rede e porque trai o Acordo de Paris. Esta lei do carvão é um erro histórico, zomba do Acordo de Paris e dá às empresas milhares de milhões de compensação sem qualquer retorno", referiu Karsten Smid, da Greenpeace.

A Alemanha está, em simultâneo, a abandonar de forma progressiva o recurso ao nuclear, em nome de um futuro mais verde, dominado pelas energias renováveis.

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