Rui Pinto: Pirata ou justiceiro?

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De  Bruno Sousa
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Julgamento de Rui Pinto começa sexta-feira e lança debate sobre a linha que separa o denunciante do pirata informático

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Rui Pinto deixou o mundo do futebol em sobressalto mas o seu impacto vai bem além do desporto-rei. Acusado de noventa crimes de acesso indevido, violação de correspondência, acesso ilegítimo, sabotagem informática e tentativa de extorsão, o português detido na Hungria em janeiro de 2019 começa a ser julgado esta sexta-feira no Campus de Justiça, em Lisboa.

Os problemas de Rui Pinto com a justiça portuguesa começaram com uma queixa da Doyen, que o acusa de ter pedido até um milhão de euros para não divulgar informação comprometedora para a empresa. O português garante estar inocente e assegura que estava prestes a chegar a acordo com as autoridades judiciais francesas para conseguir proteção em troca da denúncia de vários casos de fraude e evasão fiscal.

O julgamento lança o debate sobre a linha que separa o pirata informático do denunciante. Os métodos de Rui Pinto podem ser de legalidade duvidosa mas igualmente duvidosas eram as práticas denunciadas através da plataforma "Football Leaks", onde foram divulgados documentos confidenciais de vários clubes do futebol europeu.

A justiça portuguesa irá agora pronunciar-se. Pirata informático ou justiceiro, a verdade é que Rui Pinto será um pouco de ambos. Independentemente do desfecho, terá o seu nome associado a outros denunciantes que tiveram de pagar um preço elevado pela sua cruzada pela justiça, como Edward Snowden ou Julian Assange.

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