A equipa, liderada por Pier Paolo Petrone, encontrou o cérebro vitrificado no início do ano. Desde então, tem vindo a estudá-lo recorrendo a técnicas de microscopia eletrónica
Cientistas italianos encontraram neurónios bem preservados no cérebro de uma das vítimas da erupção do Monte Vesúvio que dizimou Pompeia, há quase dois mil anos.
A equipa, liderada pelo antropólogo forense e diretor do Laboratório de Osteobiologia Humana, Universidade de Nápoles "Federico II, Pier Paolo Petrone, encontrou o cérebro vitrificado no início do ano. Desde então, tem vindo a estudá-lo recorrendo a técnicas de microscopia eletrónica e ferramentas de processamento de imagem.
Petrone conta que que normalmente, "os arqueólogos encontram cérebros saponificados, logo esse material não está em boas condições. (...) A verdadeira grande notícia não é apenas a descoberta de um cérebro vitrificado, mas a descoberta de neurónios, axónios, de uma parte da estrutura do sistema nervoso central, para além de outras descobertas relativas ao nível da medula espinal, que são um novo mundo a estudar e aprofundar".
Os cientistas prosseguem com as investigações seguindo diferentes linhas: a biológica, destinada a compreender como é feito este sistema nervoso central, e a da vulcanologia, e consiste em estudar, com dados precisos, os processos de aquecimento e arrefecimento.