Conflito começou a 4 de novembro e fez milhares de deslocados. Primeiro-ministro da Etiópia rejeitou mediação da União Africana, apesar da sede da organização se situar em Addis Abeba.
Está em curso o assalto final à capital da região do Tigray. O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, ordenou o ataque uma vez findo o ultimato de 72 horas dado à junta da Frente de Libertação do Povo do Tigray para se entregar pacificamente. O prémio Nobel da Paz 2019 justificou o ataque final sobre Mekele com a "arrogância" dos dirigentes regionais.
O conflito estalou a 4 de novembro depois de meses de tensão entre o poder central e o governo regional. A etnia Tigray, apesar de minoritária, tinha dominado a política nacional entre 1991 e 2018. Com a chegada de Abiy Ahmed à chefia do executivo nacional, os tigrays foram afastados da governação federal o que originou uma fricção crescente.
O primeiro-ministro Abiy Ahmed recusou a mediação da União Africana, apesar da sede da organização se encontrar na capital do país, e apelou à comunidade internacional para não interferir nos assuntos internos da Etiópia.