Durante um discurso televisivo, Abdelmadjid Tebboune concedeu ainda indulto a vários ativistas do movimento de protesto anti-regime "Hirak"
De volta da Alemanha, onde recebeu tratamento contra a Covid-19, na Argélia o presidente Abdelmadjid Tebboune retomou a agenda política.
Num discurso à nação anunciou a dissolução do Parlamento, ensombrado por fraude e casos de corrupção, a par da convocação de eleições legislativas.
"Decidi dissolver a Assembleia Popular Nacional para convocar eleições livres da influência do dinheiro, quer tenha ou não origem corrupta, e para abrir as portas aos jovens", sublinhou Tebboune, durante o discurso transmitido através da televisão.
Tebboune também tornou pública uma remodelação do executivo de Abdelaziz Djerdad, no prazo de 48 horas.
Concedeu ainda o indulto a cerca de 60 ativistas - alguns condenados, outros sem veredicto - do movimento de protesto anti-regime "Hirak", prestes a assinalar um aniversário importante.
"Entre 55 e 60 pessoas vão juntar-se às respetivas famílias a partir desta sexta-feira", referiu o presidente, que disse que o "Hirak" salvou a Argélia.
A 22 de fevereiro, assinala-se o segundo aniversário dos protestos populares, que marcam a emergência do movimento "Hirak" e que levaram à renúncia do anterior Presidente, Abdelaziz Buteflika, ao fim de décadas no poder.
O atual governo enfrenta pressão interna por causa da gestão da pandemia de Covid-19 e por causa do impacto na economia, dependente de petróleo.