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O primeiro serviço nacional de saúde candidato a Nobel da Paz

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Direitos de autor Claudio Furlan/LaPresse
Direitos de autor Claudio Furlan/LaPresse
De  Francisco MarquesGeorgia Orlandi com Ansa
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A nomeação dos profissionais médicos italianos baseia-se na luta contra a Covid-19 no pico da primeira vaga e faz parte das 329 candidaturas em análise pelo comité norueguês do prémio

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Os profissionais de saúde italianos estão entre as 329 candidaturas apresentadas este ano para o Prémio Nobel da Paz. A luta contra a Covid-19 no pico da primeira vaga da pandemia está na base da nomeação entregue ao Comité Norueguês do prémio pela fundação italiana Gorbachev.

Itália não foi o primeiro país europeu ser infetado com o SARS-CoV-2, mas em março do ano passado tornou-se no epicentro da pandemia global, tendo sido inclusive considerado, por exemplo, a origem da infeção em Portugal, com um caso importado da região de Milão detetado a 2 de março.

A luta foi árdua, muitos profissionais de saúde italianos acabaram por perder a vida no combate ao coronavírus identificado pela primeira vez na China no final de dezembro e, agora, pela primeira vez na História, o serviço de saúde de um país é nomeado para o Nobel da Paz, escreve a Vanity Fair Italia.

O presidente da Fundação Gorbachev, uma entidade italiana consntituída em 1998 e ligada à Organização da Cimeira Mundial dos Prémios Nobel da Paz, justifica a candidatura do "corpo de saúde italiano" com a abnegação e o espírito de sacrifício demonstrado na forma como enfrentou a pandemia para salvar vidas"

"Naquela Itália que se afundou a tentar vencer o vírus, os médicos conseguiram um milagre", considera o líder da fundação, Marzio Dallagiovanna.

Quando a epidemia se começou a espalhar pela Europa com grande agressividade em março de 2020, sobretudo pelo norte de Itália, onde saturou hospitais e rapidamente começou a ceifar vidas humanas às centenas todos os dias, os profissionais de saúde mantiveram-se firmes a luta, mesmo se durante algum tempo não tivessem disponíveis as condições mínimas de proteção.

Um dos médicos que viveu, e sobreviveu, à primeira vaga da Covid-19 em Itália é Luigi Cavanna, chefe da oncologia no hospital de Piacenza.

Conheci enfermeiros que dormiram no hospital durante semanas. Médicos que se mantiveram no hospital para não levarem o vírus para casa. Pessoas que mandaram os familiares para longe. Outros que mudaram completamente as suas vidas pessoais.

"Isto faz-nos pensar.
Luigi Cavanna
Chefe da Oncologia no Hospital de Piacenza, Itália

Ao ver as urgências a encherem-se, o doutor Cavanna tomou a decisão de começar a assistir cada doente no domicílio antes que os sintomas se agravassem.

Visitou mais de 300 pacientes e Agora recorda-nos o quão difícil foi aquele período, ainda tão recente no tempo e com uma aparente ameaça de repetição em curso: "Cada dia que chegava a casa olhava para a lista de pessoas que estava previsto visitar. Lembro-me da incerteza e de esperar apenas que estivesse bem no dia seguinte para poder trabalhar. Ver pacientes a melhorar era um estímulo."

A candidatura italiana ao Nobel da Paz é justificada também como uma homenagem a todos os profissionais de saúde que ainda continuam por todo o mundo a lutar contra o SARS-CoV-2.

Ao todo, o comité norueguês recebeu até 31 de janeiro mais 239 candidaturas individuais e 95 coletivas ao Nobel da Paz.

As reuniões para a avaliar cada um dos nomeados já começaram. O Nobel da Paz é anunciado em outubro.

Outras fontes • Worldometers

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