Segundo dia do processo dos atentados de Paris

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Direitos de autor Noelle Herrenschmidt/Noelle Herrenschmidt
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De  Rodrigo Barbosa com AFP
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Primeira audiência ficou marcada por provocações do principal acusado, Salah Abdeslam

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A questão que paira no ar ao segundo dia do julgamento dos atentados de novembro de 2015 em Paris é qual será a postura do principal acusado?

Na primeira audiência Salah Abdeslam, único elemento do comando que perpetrou os ataques ainda em vida, desafiou os magistrados, afirmando que a sua profissão é "combatente do Estado Islâmico" e acusando as autoridades de o tratarem "como um cão".

Méhana Mouhou, advogado de acusação:"Abdeslam falou, penso que para provocar. [...] As suas palavras constituem uma provocação, especialmente quando disse: 'Sou o combatente de Alá' e não que é um combatente por Alá. Alá não lhe pediu nada. Temos de ter atenção a uma coisa, neste processo: o tribunal não deve ser uma tribuna para que ela exponha as suas ideias mortíferas."

Imperturbável, o presidente dos magistrados, Jean-Louis Périès, não se deixou provocar, frisando o caráter "democrático" e não "eclesiástico" do tribunal.

Thierry Maillot, sobrevivente do ataque ao Bataclan:"O presidente está a tomar o pulso... É firme e parece ser bom, por isso marca diretamente o tom. Não se deixar levar pelas coisas e por isso estou confiante."

As primeiras testemunhas dos atentados que fizeram 130 mortos e mais de 400 feridos só deverão ser ouvidas a partir de segunda-feira e os sobreviventes e familiares de vítimas a partir do dia 28. O veredito só é esperado em Maio.

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