Refugiados ucranianos acolhidos na Europa

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Direitos de autor LOUISA GOULIAMAKI/AFP or licensors
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Associações e famílias de acolhimento europeias estão a ajudar mulheres e crianças a integrar-se em países estranhos a quem fugiu da guerra.

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Nas margens do lago Albano, em Itália, pequenos pormenores deixam clara a recente presença de crianças. A poucos quilómetros de Roma, o mosteiro de São Teodoro, em Castel Gandolfo, é hoje porto de abrigo para 21 mulheres e filhos obrigados a fugir da Ucrânia, após a invasão russa.

A adaptação a uma vida longe da guerra, nem sempre é fácil. Lidar com o trauma, explica o padre Orest Kozak, responsável pelo mosteiro, requer tempo e tranquilidade.

"Tivemos situações em que as crianças ainda não estavam prontas para ir à escola, tiveram dificuldade em adaptar-se a uma situação pacífica, a uma nova sociedade, a uma nova língua, a um novo ambiente. Precisam de encontrar alguma calma antes, para se adaptarem a novas circunstâncias".

Quem chega, espera estar apenas de passagem. Victoria Mykhailina chegou de Kiev e, como todos os refugiados, sonha com o fim do conflito e o regresso ao país que nunca quis deixar.

"Queremos ir à Polónia e a Itália para conhecer a cultura, como turistas, para ver Roma, mas queremos voltar a casa e viver no nosso próprio país", diz.

França prepara acolhimento

Nas próximas semanas, França estima receber entre 50 mil e 100 mil refugiados.

Após três dias de viagem, Valeriya e Karina encontraram uma família de acolhimento, mas não esquecem quem deixaram para trás.

"Sinto-me segura, mas a minha família ainda lá está, muitos amigos e próximos, e não dá para nos sentimos seguros, estou preocupada com eles, com todos os nossos entes queridos que ficaram lá quando conseguimos partir", afirma Karina.

O acolhimento foi organizado por uma associação francesa "SIMIA Enfan ts d'Ukraine". O presidente, André Cloet, continua a trabalhar para encontrar mais famílias dispostas a receber ucranianos que fugiram da guerra.

"Creio que é importante dar a vida pelos outros, porque temos a sorte de estar num país de liberdade, com muitas ajudas. As pessoas com poucos recursos continuam a receber muita ajuda em França. Independentemente do que se possa dizer, recebem muita ajuda e eu acredito que devemos ajudar todas estas pessoas".

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