Guerra na Ucrânia desencadeia crise alimentar global

Vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman, no Conselho de Segurança da ONU
Vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman, no Conselho de Segurança da ONU Direitos de autor John Minchillo/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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Milhões de pessoas com acesso limitado a alimentos.

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A guerra na Ucrânia está a desencadear uma crise alimentar global. Em discurso nas Nações Unidas, a subsecretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman, afirmou que navios de guerra russos estão a impedir quase uma centena de navios, que transportam principalmente cereais, de chegar ao mar Mediterrâneo, causando uma subida vertiginosa de preços, em especial em países menos desenvolvidos.

O presidente Vladimir Putin começou esta guerra. Ele criou esta crise alimentar global. E é ele quem pode pará-la.
Wendy Sherman, subsecretária de Estado norte-americana

Segundo comunicado do Programa Alimentar Mundial da ONU na quarta-feira, a crise alimentar já existia mas foi sériamente agravada pela guerra.

Antes da guerra, já estávamos a fazer cortes no número de alimemntos que proporcionamos a milhões de crianças e famílias em todo o mundo, devido aos preços dos combustíveis e dos alimentos bem como aos custos de transporte. Em países como, por exemplo, o Iémen, tínhamos reduzido a metade a ajuda alimentar que proporcionamos a oito milhões de pessoas. Mas agora essa ajuda poderá ser reduzida a zero. O mesmo se passa no caso de países como o Níger, o Mali, o Chade e muitos outros.
David Beasley, diretor executivo do Programa Alimentar Mundial

Segundo o diretor executivo do Programa Alimentar Mundial da ONU, David Beasley, a guerra na Ucrânia terá um impacto a nível global nunca visto desde a Segunda Guerra Mundial.

David Beasley alertou que as crises alimentares e a fome desencadeiam migrações populacionais em massa, que acabarão por afectar também os países mais desenvolvidos.

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