Tsahal admite a possibilidade de ter matado Shireen Abu Akleh

Espaço de homenagem à jornalista Shireen Abu Akleh, morta na Cisjordânia, em maio de 2022
Espaço de homenagem à jornalista Shireen Abu Akleh, morta na Cisjordânia, em maio de 2022 Direitos de autor Majdi Mohammed/Associated Press
Direitos de autor Majdi Mohammed/Associated Press
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

OTsahal admite a possibilidade de ter matado Shireen Abu Akleh, a jornalista palestiniana abatida a tiro na Cisjordânia, mas recusa inquérito judicial

PUBLICIDADE

Israel não vai abrir qualquer investigação criminal sobre a morte da jornalista palestiniana Shireen Abu Akleh, no passado dia 11 de maio, na Cisjordânia.

O exército israelita apresentou o relatório da sua própria investigação onde reconhece que foi "provavelmente" um dos seus soldados que matou a jornalista enquanto esta cobria uma operação do Tsahal no campo de refugiados de Jenin.

As chefias militares dizem que a jornalista foi morta "por engano" e alegam que as suas tropas agiram corretamente, já que estavam sob fogo de milícias palestinianas.

A investigação realizada pela Autoridade Palestiniana concluiu que soldados israelitas dispararam deliberadamente contra a jornalista e que testemunhas afirmaram que não houve troca de tiros de grupos armados na área.

Também o inquérito levado a cabo pelo Alto Comissariado da ONU para os Direitos do Homem concluiu que "não havia nenhuma informação sobre qualquer atividade de palestinianos armados na proximidade dos jornalistas".

Nas suas conclusões, o exército israelita diz ter estudado a sequência dos acontecimentos "cronologicamente", analisado a cena, as gravações vídeo e registos sonoros, realizado uma "simulação de cena" e que "peritos israelitas" tinham realizado uma análise balística da bala a 2 de julho na presença de representantes do "Comité de Coordenação de Segurança dos EUA para Israel e a Autoridade Palestiniana".

Devido ao "mau estado da bala", a identificação da sua origem foi "difícil" não sendo "inequivocamente" certa da origem do tiro fatal, diz o Tsahal.

A morte de Shireen, uma jornalista palestino-americana altamente considerada no Médio Oriente, agravou a escalada de violência entre israelitas e palestinianos.

Segundo os media israelitas, o relatório do exército foi divulgado sob pressão dos Estados Unidos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Netanyahu disse a Blinken que não vai aceitar o fim da guerra em Gaza

Israel tenta impedir Tribunal Penal Internacional de emitir mandado em nome de Benjamin Netanyahu

Israel avisa Hamas que tem uma última oportunidade para negociar antes da invasão terrestre a Rafah