Ataque mortal em igrejas espanholas investigado como terrorismo

Salafismo com fins terroristas. É desta forma que o juiz classifica as motivações do ataque mortal a duas igrejas em Algeciras, Espanha.
O alegado autor está detido e já foi interrogado. Sabe-se que é de origem marroquina, tem 25 anos e um registo de problemas psiquiátricos. Nas buscas efetuadas à residência foram encontradas provas de uma radicalização recente.
Uma pessoa morreu e quatro ficaram ferídas neste crime que chocou a população. A comunidade local prestou esta quinta-feira homenagem a Diego Valencia, o sacristão que foi assassinado com uma catana pelo mesmo homem que, pouco tempo antes, tinha atacado um padre.
Manolo Gonzalez, colega de Diego, conta que foi tudo muito rápido. "Deu-lhe uma catanada e o Diego terá fugido e foi perseguido até à Plaza Alta onde terá caído e depois foi morto," diz o sacristão.
As autoridades acreditam que o suspeito planeou o crime sozinho e por isso não procuram cúmplices.
A identidade do suspeito não foi ainda revelada. O ministro espanhol do Interior disse no entanto que o homem tinha ordem de deportação desde junho do ano passado.
De acordo com a comunicação social espanhola não é conhecido entre a comunidade islâmica local, pelo que se admite que o homem tenha chegado recentemente à cidade.
Segundo o jornal El Mundo, o seu comportamento estranho e agressivo já tinha chamado a atenção da polícia.
O incidente uniu a comunidade religiosa de Algeciras, católicos e muçulmanos condenaram prontamente o ataque e o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, apresentou as condolências à família da vítima mortal e desejou uma recuperação rápida aos feridos.