Washington condena detenção de jornalista americano na Rússia

Evan Gershkovich é correspondente do “The Wall Street Journal"
Evan Gershkovich é correspondente do “The Wall Street Journal" Direitos de autor AP/AP
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Evan Gershkovich é acusado de corrupção e arrisca até 20 anos de prisão

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Washington pediu a Moscovo para estabelecer acesso consular para o jornalista americano do “The Wall Street Journal" detido na Rússia.

A porta-voz do ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, diz que será garantido no "devido tempo."

Evan Gershkovich, de 31 anos, foi detido na cidade de Ecaterimburgo, no centro da Rússia, e é acusado de suspeitas de "espionagem a favor do governo dos EUA, anunciou, esta quinta-feira, o Serviço Federal de Segurança da Federação Russa, citado pela AFP.

Arrisca uma pena de prisão de até 20 anos.

Esta é a primeira vez, desde o período da Guerra Fria, que um correspondente americano é acusado de espionagem. Filho de pais russos que emigraram para os EUA, Gershkovich é fluente em russo e, anteriormente, já tinha trabalhado para a agência de notícias AFP e para o jornal "The Moscow Times."

"Estas acusações de espionagem são ridículas. O foco do governo russo em cidadãos americanos é inaceitável. Condenamos a detenção de Evan Gershkovich nos termos mais fortes. Condenamos também a repressão contínua do governo russo aos jornalistas”, sublinhou, em conferência de imprensa, a secretária de imprensa dos EUA, Karine Jean-Pierre.

Da União Europeia também chegou a condenação.

O chefe da diplomacia europeia, JosepBorrell, recorreu às redes sociais para sublinhar que os jornalistas devem ter liberdade para exercer livremente a profissão e que merecem proteção.

As Nações Unidas também manifestaram preocupação com a tendência crescente para deter jornalistas durante o trabalho.

"O secretário-geral expressou a preocupação repetidas vezes com a tendência crescente de vermos jornalistas a serem assediados, detidos ou pior, apenas por fazerem seu trabalho”, lembrou o porta-voz da ONUStephane Dujarric.

O correspondente do “The Wall Street Journal", diz o Kremlin, foi detido em flagrante delito.

Antes de ser preso, Gershkovich estaria a trabalhar num artigo sobre o grupo de mercenários Wagner, mas terá recolhido "informações confidenciais" no complexo industrial e militar de Ecaterimburgo, dizem as autoridades russas.

Para a porta-voz do ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, isso não se pode chamar jornalismo.

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