Falta de equipamentos impede avanços no terreno na Ucrânia

Guerra de trincheiras na Ucrânia
Guerra de trincheiras na Ucrânia Direitos de autor GENYA SAVILOV/AFP or licensors
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Analistas concordam em como a falta de veículos e equipamento impede a passagem de uma guerra de trincheiras estática para uma guerra de manobras e ataques terrestres

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Não haverá ofensiva ucraniana sem um número suficiente de veículos ligeiros de apoio aos tanques.

Esta a posição de analistas e estrategas que coincidem em como a falta de veículos e equipamento impede a passagem de uma guerra de trincheiras estática para uma guerra de manobras e ataques terrestres.

Para isso, os tanques não são suficientes pois necessitam de ser acompanhados por veículos de combate e transporte, tais como os chamados "assassinos de tanques", os Bradley e os Humvee, como afirma este especialista.

"Sem esses veículos de escolta, sem esses veículos tácticos que transportam armamento significativo juntamente com fuzileiros que podem ser desembarcados para enfrentarem qualquer obstáculo assim como armamento não haveria essa capacidade ofensiva em massa. Haveria o risco dos tanques ocuparem o terreno e depois ficarem isolados. Ao dispormos de tais veículos, como o Bradley, o Humvee e o Striker, o que isso significa é um conjunto de capacidades complementares entre aqueles que têm grandes blindagens, tais como tanques e capacidade de fogo, e aqueles que são necessários para a consolidar (...) sem esta capacidade ofensiva teremos de prolongar uma guerra de trincheiras", defende Félix Arteaga, Investigador Principal do Instituto Real Elcano.

Como a linha da frente na Ucrânia foi reduzida praticamente à área de Donbass, ambos os exércitos estão em confronto sem que haja uma força predominante com a capacidade ofensiva suficiente para quebrar as posições defensivas.

Esta situação pode mudar para uma guerra de manobras, uma vez combinados diferentes tipos de armamento.

"Armas combinadas é quando se juntam infantaria e protecção móvel, tanques, fogos ofensivos e defensivos, engenheiros, aviação e capacidades conjuntas. E o que se faz é sincronizá-los. Coordenamo-los para que alcancem o efeito desejado de uma só vez num só local. E se o fizer e o fizer eficazmente, 
o que é francamente muito difícil e requer muita formação, então conseguirá um efeito muito maior contra um adversário do que se cada um destes elementos fosse utilizado separadamente ou sequencialmente", afirma Bradley Bowman, Director da Fundação para a Defesa das Democracias.

Para o investigador do Instituto Real Elcano, é fundamental acumular massa crítica. 

"Com os números que temos agora, é claro, nem o lado russo nem o lado ucraniano têm capacidade para lançar uma tal ofensiva. Fazê-lo sem ter acumulado a massa crítica de que falámos seria imprudente.
Nas próximas semanas não parece viável que nem um nem outro possam fazer uma ofensiva como a que parece ser necessária, dependendo das posições defensivas", conclui Félix Arteaga.

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