Na sequência dos apelos dos ministros da União Europeia (UE) e do Parlamento Europeu, em 2022, a Comissão Europeia desenvolveu, também, um plano de ação para a prevenção de incêndios florestais.
Portugal vai receber dois aviões ligeiros no âmbito da decisão da Comissão Europeia de duplicar a dimensão da frota aérea de combate a incêndios para este ano. O destino desses aparelhos é uma base em Castelo Branco e deverão ajudar a combater fogos na Península Ibérica.
No anúncio feito no Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da União Europeia, terça-feira, em Bruxelas, o Ministro da Administração Interna português, José Luís Carneiro, explicou a importância deste e de outros apoios.
"É uma boa notícia para Portugal um pré-posicionamento dos meios, não apenas aéreos, mas também o pré-posicionamento de meios terrestres com 65 elementos que virão da Finlândia e da Eslovénia e que ficarão pré-posicionados entre 15 de agosto e 15 de setembro, reforçando as capacidades técnicas em cenário de grande complexidade como é o dos incêndios florestais", disse o ministro aos jornalistas.
A frota aérea europeia terá 24 aviões e quatro helicópteros, distribuídos por dez Estados-membros. O reforço de meios aéreos para Portugal está orçamentado em 2,5 milhões de euros, que serão cobertos em 75% por fundos europeus.
O governante acrescentou que a Força Aérea está a tentar obter mais meios, mas o mercado apresenta dificuldades: "O que se verifica é que há uma escassez muito grande de meios aéreos, bem como de pilotos. Estes têm uma procura muito elevada por causa da guerra na Ucrânia e porque muitos têm já uma idade muito avançada", disse.
"Há escassez de pilotos no quadro europeu mas temos, também, o compromisso das instâncias da UE para que partilhemos esforços na ida ao mercado para reforçar estas capacidades", acrescentou José Luís Carneiro.
O governo diz que terá 52 meios aéreos operacionais a 1 de junho e que mais poderão chegar em julho. No ano passado, foram usadas 60 aeronaves.
UE tenta atuar mais cedo
No âmbito do plano de ação para a prevenção, a UE lançou uma nova metodologia de avaliação interpares dos incêndios florestais, com intercâmbio de boas práticas entre países europeus, no âmbito do Mecanismo de Protecção Civil da UE.
Além disso, está a ser criada uma Equipa de Apoio aos Incêndios Florestais do Centro de Coordenação de Resposta a Emergências para permitir a monitorização e análise, em tempo quase real, da situação dos incêndios florestais, entre meados de junho e meados de setembro, de acordo com o anúnico da Comissão Europeia.