Embarcação turística submergiu com cinco pessoas a bordo. Buscas estão a ser dificultadas pela fraca acessibilidade aos destroços, localizados a cerca de 3,8km de profundidade.
Uma operação de resgate está em curso no oceano Atlântico para encontrar um pequeno submarino com cinco pessoas a bordo. O veículo, concebido para transportar turistas até aos destroços do "Titanic", foi dado como desaparecido na noite de domingo.
De acordo com a guarda costeira norte-americana, o contacto com a embarcação, que seria assegurado pela empresa Star Link, de Elon Musk, foi perdido uma hora e 45 minutos após o mergulho.
Os destroços do "Titanic" encontram-se a cerca de 645 quilómetros da costa da Terra Nova, no Canadá. O submersível dispõe de uma reserva de oxigénio para quatro dias.
A empresa responsável pela viagem turistíca subaquática, a OceanGate Expeditions, confirmou em comunicado ser proprietária do submarino e disse estar a fazer todos os possíveis para trazer a tripulação de volta, numa missão em que conta com a “assistência extensiva” de várias agências governamentais e outras empresas.
Milionário, CEO e especialista da primeira expedição ao Titanic a bordo
Estima-se que entre a tripulação esteja o multimilionário britânico e conhecido explorador, Hamish Harding. A confirmação terá sido feita pelo seu enteado, Brian Szasz, através de uma publicação no Facebook entretanto apagada.
No instagram de Harding, uma publicação de domingo parece confirmar a participação na expedição, que, segundo o explorador, "devido ao pior inverno dos últimos 40 anos na Terra Nova, é provável que esta missão seja a primeira e única missão tripulada ao Titanic em 2023".
Na mesma mensagem publicada, Harding menciona ainda que na viagem estará presente Paul-Henry Nargeolet, ex-comandante da Marinha francesa e especialista no naufrágio do "Titanic", responsável pela primeira expedição para recuperar objetos do histórico navio, em 1987.
A bordo do submarino estará também o fundador e diretor executivo da OceanGate Expeditions, Stockton Rush. A identidade das outras duas pessoas permanece desconhecida.
O site da companhia anuncia que o preço da expedição, uma viagens de sete dias com mergulhos para ver os destroços do “Titanic”, ronda os 250 mil dólares (cerca de 229 mil euros, ao câmbio atual).
O navio de passageiros “Titanic” afundou-se na viagem inaugural entre o Reino Unido e os Estados Unidos em abril de 1912, depois de ter colidido com um icebergue. O desastre custou a vida a 1.514 dos 2.224 passageiros e tripulantes.
Os destroços do luxuoso transatlântico só foram encontrados em 1985, mais de sete décadas depois do naufrágio.