Erdogan: Deixem a Turquia entrar na UE se quiserem que a Suécia adira à NATO

Recep Tayyip Erdogan
Recep Tayyip Erdogan Direitos de autor Francisco Seco/AP
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De  Euronews com AFP
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Declarações do presidente turco divulgadas na véspera da cimeira da NATO na Lituânia.

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O presidente turco Recep Tayyip Erdogan afirmou esta segunda-feira que apoiará a candidatura da Suécia à NATO se a União Europeia retomar as conversações de adesão com Ancara,"Primeiro, abram o caminho para a adesão da Turquia à União Europeia e, depois, abriremos o caminho para a Suécia, tal como abrimos para a Finlândia", disse Erdogan numa declaração transmitida na televisão, antes de partir para a cimeira da NATO na Lituânia.

A Turquia é candidata à adesão à União Europeia (UE), mas o processo tem sido bloqueado por causa do retrocesso democrático de Ancara e da ocupação do norte de Chipre, estado-membro do bloco.

A proposta do presidente turco já teve resposta de Bruxelas. A porta-voz adjunta da Comissão Europeia sublinhou que se trata de dois processos separados. _"_Os dois processos que decorrem em paralelo, o alargamento da NATO e a adesão de novos membros à NATO e o processo de alargamento da União Europeia e a de adesão à UE são processos separados, e não se pode ligar dois processos", defendeu Dana Spinant

Erdogan critica governo sueco

O presidente turco tem repetido as críticas sobre o que considera ser o fracasso da Suécia em cumprir a sua promessa de lidar com os supostos militantes curdos que alegadamente vivem em Estocolmo.

A posição de Erdogan está a ser apoiada pelo primeiro-ministro húngaro Viktor Orban. Turquia e Hungria continuam a ser os únicos membros da NATO que ainda impedem a ratificação unânime necessária para que a Suécia se torne o 32º membro da NATO. 

A Hungria tem dado sinais fortes de que seguirá o exemplo de Erdogan e aprovará a adesão da Suécia, caso a Turquia dê luz verde.

Vílnius prepara uma cimeira histórica

A guerra da Rússia na Ucrânia estará no topo da agenda da cimeira de dois dias que começa esta terça-feira e que junta o Presidente dos EUA, Joe Biden, e os seus homólogos da NATO.

Os participantes da cimeira devem garantir o apoio à Ucrânia enquanto o conflito continuar, e aproximar ainda mais o país da NATO. 

Os líderes reunidos em Vílnius deverão ainda aprovar novos planos de defesa para o caso de o Presidente russo, Vladimir Putin, tentar alargar a guerra de Moscovo para além da Ucrânia e para oeste, em território aliado.

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