Presidente turco anuncia intenção de desbloquear entrada sueca na véspera da cimeira da Aliança Atlântica
Depois de meses de adiamentos e longas negociações, a Suécia poderá finalmente aderir à NATO.
Na véspera da cimeira da Aliança Atlântica, em Vilnius, na Lituânia, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan concordou finalmente em levantar o veto e recomendou ao parlamento da Turquia que ratifique a adesão da Suécia.
Uma boa novidade para todos, segundo o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg:
"Isto é bom para todos nós. É bom para a Suécia, que se tornará num membro de pleno direito da Aliança. É bom para a Turquia porque é um aliado da NATO que beneficiará de uma NATO mais forte. E, claro, é bom para a totalidade da Aliança."
Poucas horas antes, os intensos esforços diplomáticos pareciam complicar-se, sobretudo depois de Erdogan ligar a adesão da NATO à da Turquia à União Europeia, em ponto morto há vários anos.
Um encontro com o presidente do Conselho Europeu terminou com Charles Michel a indicar a vontade comum de "redinamizar" as relações com a Turquia.
A "luz verde" de Ancara à Suécia poderá permitir também a Erdogan progressos no pedido de caças F16 durante o encontro com o presidente norte-americano Joe Biden.
França, Alemanha e Reino Unido felicitaram o desbloqueio da adesão sueca à NATO, que deve ainda ser também aprovada pela Hungria.
Mas o primeiro-ministro Viktor Orban já se tinha comprometido a não ser o útlimo a dar o aval, deixando entender que poderá agir rapidamente. E o chefe da diplomacia húngara, Peter Szijjarto, precisou, antes de arrancar para a cimeira de Vilnius, que "o governo apoia a adesão de Estocolmo à Aliança Atlântica" e que "a conclusão do processo de ratificação é agora apenas uma questão técnica".