Kiev procura alternativas para exportar os cereais ucranianos

Trabalhadores carregam cereais num porto em Izmail, na Ucrânia, em abril de 2023
Trabalhadores carregam cereais num porto em Izmail, na Ucrânia, em abril de 2023 Direitos de autor Andrew Kravchenko/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Andrew Kravchenko/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
De  Maria Barradas com Agências
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Kiev procura alternativas ao corredor de trânsito de cereais, depois de a Rússia ter abandonado o "acordo sobre os cereais" e ter começado a bombardear os principais portos exportadores e os principais armazéns.

PUBLICIDADE

As exportações ucranianas de cereais diminuíram durante no mês passado. 

A Ucrânia começou a enviar cereais para fora do país por caminho de ferro, para portos romenos. Há uma semana, a Croácia assinou um acordo com a Ucrânia, disponibilizando os seus portos, mas não é suficiente.

O presidente ucraniano disse na sexta-feira que o seu país deve continuar a ser garante da segurança alimentar, sem fornecer detalhes de como tenciona exportar os cereais.

Volodymyr Zelenskyy afirmou: "No que diz respeito às alternativas à exportação de cereais através do corredor de trânsito, estamos a fazer tudo o que é possível para garantir que a Ucrânia continue a ser um garante da segurança alimentar e que o nosso povo tenha acesso aos mercados mundiais."

No terreno, o exército russo relata mais sucessos na área de Kupiansk, na região de Kharkiv. 

Entretanto, Kiev ordenou uma evacuação de dezenas de aldeias da zona. Os militares ucranianos afirmam que a Rússia acumulou enormes forças na região, com o objetivo de tomar o controlo de Kupiansk, um importante ponto de passagem de transportes. 

A região foi ocupada pela Rússia logo após o início da guerra, tendo sido libertada em setembro de 2022.

Na madrugada deste sábado, os sistemas de defesa aérea russos foram ativados em "várias zonas" da Crimeia anexada, segundo representantes das autoridades nomeadas por Moscovo. 

Os meios de comunicação ucranianos relatam ataques de drones e várias explosões nas zonas ocidentais da península, perto de uma base de armazenamento militar. 

Kiev continua a pedir insistentemente aos aliados ocidentais mais armas para combater as forças invasoras. Face às reticências alemãs em fornecer os mísseis de cruzeiro, Taurus, por receio de uma escalada na guerra, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia garante que estes mísseis só serão utilizado dentro do país.

Numa mensagem no X (ex-Twitter), Dmytro Kuleba escreveu: "Os mísseis de longo alcance revelaram-se cruciais. É por isso que o Taurus e o ATACMS são essenciais para o sucesso da Ucrânia, e estamos a pedir aos nossos parceiros que nos forneçam esses mísseis o mais rapidamente possível. Estes dois mísseis só serão utilizados dentro das nossas fronteiras. Quanto maior for o alcance dos mísseis, mais curta será a guerra".

Os mísseis de cruzeiro Taurus são bastante precisos e difíceis de parar com defesas antiaéreas. Estima-se que a Alemanha possua cerca de seiscentos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Ucrânia: Rússia intensifica a ofensiva na região de Kharkiv

Russos tentam furar linha defensiva ucraniana em Kupiansk

Reino Unido destina 3,5 mil milhões de euros por ano à Ucrânia "durante o tempo que for necessário"