Migrantes não param de chegar a Lampedusa

Centro de acolhimento da Cruz Vermelha Italiana em Lampedusa.
Centro de acolhimento da Cruz Vermelha Italiana em Lampedusa. Direitos de autor Centre d'accueil de la Croix-Rouge à Lampedusa
Direitos de autor Centre d'accueil de la Croix-Rouge à Lampedusa
De  Giorgia Orlandi
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Mais de 500 pessoas desembarcaram na ilha italiana num só dia

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Os desembarques de migrantes em Lampedusa foram retomados esta quinta-feira, após uma curta pausa de dois dias. Mais de 500 pessoas chegaram à ilha italiana em apenas 24 horas.

Mesmo assim, o centro de acolhimento local tem conseguido gerir a situação. "Não nos deparamos com a verdadeira dificuldade de ter de gerir grandes números devido à impossibilidade de transferências", conta Francesca Basile, chefe da Unidade de Migrantes da Cruz Vermelha Italiana.

"Estas transferências são feitas regularmente e permitem-nos equilibrar as chegadas com as partidas", explica.

Mais de 12 mil menores não acompanhados chegaram a Itália desde o início do ano. Muitos são da África Subsariana e partem da Tunísia.

"Os migrantes subsarianos muitas vezes contam-nos os abusos e a violência que sofreram nos meses que passaram na Tunísia, antes de atravessarem o Mediterrâneo. Ou a violência que sofreram no momento da partida", revela Emma Conti, do programa Mediterranean Hope. 

"Nas últimas semanas, muitos deles também dizem que foram levados para o deserto e deixados lá, perto da fronteira com a Líbia, sem água nem comida", acrescenta. 

A União Europeia e a Tunísia assinaram recentemente um memorando segundo o qual o país do Norte de África se comprometeu a travar os fluxos migratórios em troca de mais de 100 milhões de euros. 

No entanto, de acordo com os últimos dados, e provavelmente ao contrário do que o Governo italiano esperava alcançar nas cinco semanas após a assinatura do acordo, não se houve qualquer efeito dissuasor. O número de chegadas aumentou em relação ao período anterior ao memorando.

Outras fontes • Verónica Romano (voz e texto)

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