Muitos americanos reencenaram a marcha de 1963, em Washington, no aniversário do histórico discurso "I Have a Dream" de Martin Luther King Jr.
O presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris encontraram-se com a família de Martin Luther King Jr., na Casa Branca, por ocasião do 60º aniversário da Marcha em Washington.
Cinco anos depois do famoso discurso "I Have a Dream" no Lincoln Memorial, Luther King viria a ser assassinado.
No passado fim de semana milhares de americanos reencenaram a marcha de 1963, que ainda é considerada uma das maiores e mais consequentes manifestações de justiça racial na história dos Estados Unidos.
Biden disse que os Estados Unidos **"não podem deixar o ódio prevalecer, e ele está em ascensão."**O presidente dos EUA pediu o fim do tipo de "violência alimentada por ódio".
O mais recente caso aconteceu na véspera do encontro na Casa Branca. Segundo as autoridades, foi o ódio que motivou um homem branco a atirar fatalmente em três negros numa loja da Florida. O atirador, que se matou, terá deixado escritos racistas.
Biden disse que se poderia parar o ódio falando diretamente com o povo americano porque, disse, "acho que a grande maioria do povo americano concorda com esta mesa", referindo-se aos defensores dos direitos civis na sala.
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, a primeira pessoa negra eleita vice-presidente, também estava na reunião e disse que os americanos têm mais em comum do que aquilo que os divide.
Após a reunião, o filho de King lamentou o estado das questões raciais nos EUA, dizendo: "Estamos num momento muito desafiador e difícil."
Numa tribuna para o Washington Post, Biden escreveu que o seu governo trabalha para promover o sonho de King de uma sociedade em que as pessoas não julgam os outros pela cor da pele.