Militares anunciam tomada do poder no Gabão e declaram anulamento das eleições gerais

Presidente do Gabão, Ali Bongo Ondimba
Presidente do Gabão, Ali Bongo Ondimba Direitos de autor SIMON MAINA/AFP or licensors
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No Gabão um grupo de militares diz ter tomado o poder, encerrado fronteiras e anulado as eleições gerais por, entre outras coisas, falta de transparência.

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No Gabão, militares dizem que estão a tomar o poder, declaram o anulamento das eleições gerais de 26 de agosto e o encerramento de fronteiras "até nova ordem". A AFP fala numa dezena de militares como estando à frente deste golpe militar.

Em comunicado, as auto intituladas Forças de Defesa e de Segurança, afirmavam que "a organização das eleições, ditas gerais de 26 de agosto de 2023, não reuniu as condições para um escrutínio transparente, credível e inclusivo, tão esperado pelo povo gabonês".

Atualmente, o país atravessa uma grave crise institucional, política, económica e social. (...) A isto junta-se uma governação irresponsável e imprevisível, que se traduziu numa deterioração constante da coesão social, ameaçando conduzir o país ao caos.
Junta militar, Gabão
Auto-intituladas Forças de Defesa e de Segurança

No referido documento diziam ter-se reunido no "Comité de Transição e de Restauração das Instituições" e que, em nome do povo gabonês, da paz e da proteção das instituições decidiram pôr fim "ao regime no poder".

"Todas as instituições da República são dissolvidas, incluindo o Governo, o Senado, a Assembleia Nacional, o Tribunal Constitucional, o Conselho Económico, Social e Ambiental e o Centro Eleitoral do Gabão", lia-se no comunicado.

Resultados das eleições gerais apresentados horas antes

Um movimento que acontece horas depois do anúncio dos resultados do escrutínio com a vitória anunciada do Presidente Ali Bongo Ondimba, no poder há 14 anos. De acordo com dados oficiais este conquistou um terceiro mandato com 64,27% dos votos expressos.

O Centro Eleitoral Gabonês (CGE) dizia que numa única volta, Bongo tinha derrotado o principal rival Albert Ondo Ossa, que tinha obtido apenas 30,77% dos votos. A taxa de participação no escrutíno foi de 56,65%.

Duas horas antes do fecho das urnas, Ondo Ossa denunciava "fraude orquestrada" pelo vencedor e seus apoiantes e reclamava vitória nas eleições. 

(Em atualização)

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