Um resumo de como algumas nações do mundo estão a reagir à nova guerra.
No sábado e no domingo, as autoridades reforçaram as medidas de segurança em torno de locais judaicos em França, na Alemanha e no Reino Unido, devido ao conflito entre Israel e o Hamas.
Entretanto, realizaram-se manifestações de apoio aos palestinianos em vários países do Médio Oriente.
França
No sábado, a segurança foi reforçada em torno dos locais de culto e dos estabelecimentos de ensino judaicos em França, especialmente em Paris e nos seus subúrbios.
A medida foi tomada apesar do anúncio do Ministro do Interior, Gérald Darmanin, que insistiu que não havia atualmente "qualquer ameaça".
A segurança dos locais de interesse e dos locais de culto israelitas já tinha sido reforçada em meados de setembro, com o início do novo ano judaico, marcado pela celebração de vários feriados em setembro e outubro.
Alemanha
A Alemanha reforçou a segurança em torno dos edifícios da comunidade judaica e da representação israelita após os ataques do Hamas contra Israel, disse a ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, ao jornal diário Bild, no sábado.
As autoridades alemãs estão também a vigiar de perto "os potenciais apoiantes do Hamas na esfera islamista", sublinhou a ministra.
A polícia de Berlim também citou fotografias no X - antigo Twitter - que alegadamente "mostram pessoas a celebrar os ataques contra Israel distribuindo bolos doces na Sonnenallee", uma avenida no bairro de Neukölln conhecida pela sua diversidade e pela sua grande população muçulmana.
Reino Unido
A polícia de Londres aumentou as patrulhas em algumas zonas da capital britânica no domingo, após "incidentes" ligados à guerra entre Israel e o Hamas, e o ministro do Interior apelou à "tolerância zero" contra a "glorificação do terrorismo".
"A polícia aumentou as patrulhas em algumas zonas de Londres para assegurar uma presença visível e tranquilizar as nossas comunidades", anunciou a Polícia Metropolitana.
O Secretário de Estado da Imigração, Robert Jenrick, partilhou um vídeo na rede social X que mostrava pessoas a agitar bandeiras palestinianas na rua e a tocar buzinas de automóveis.
Manifestações de apoio aos palestinianos no Médio Oriente
Na Turquia, no Iraque, no Irão, na Síria, no Líbano e no Iémen, realizaram-se manifestações de apoio aos palestinianos no sábado e no domingo.
Irão
No Irão, país cujo presidente afirmou apoiar "a legítima defesa da nação palestiniana" e considerar Israel "responsável", várias centenas de pessoas manifestaram-se no domingo em várias cidades importantes do Irão, incluindo a capital Teerão, agitando a bandeira palestiniana.
Em Teerão, grandes cartazes diziam: "A grande operação de libertação começou", enquanto bandeiras israelitas eram queimadas.
Nas ruas, os automobilistas com bandeiras palestinianas buzinavam para exprimir a sua alegria e foram lançados fogos de artifício em várias localidades - segundo a agência oficial IRNA.
Líbano
No Líbano, o Hezbollah organizou um comício no domingo, no seu reduto nos subúrbios do sul de Beirute, para apoiar a ofensiva palestiniana.
Um membro sénior do movimento libanês, Hachem Safieddine, prestou homenagem aos "heróis de Gaza" e afirmou que "chegou o momento da vingança". Foi aplaudido pelos seus apoiantes que gritavam "Morte a Israel".
Síria
Em Damasco, jovens terão distribuído bolos pelos carros numa praça central da capital síria em sinal de celebração.
Turquia
Milhares de turcos participaram numa marcha em Istambul para apoiar os palestinianos.
"O povo palestiniano está apenas a defender a sua pátria, não tem nada a ver com terrorismo", disse à AFP Sahin Ocal, 54 anos, ativista de uma das associações que organizaram a marcha.
Iémen
Na capital, Sanaa, manifestantes reuniram-se em apoio aos palestinianos e queimaram bandeiras israelitas e americanas. Os milicianos Houthi, apoiados pelo Irão, e que controlam Sanaa, gritaram "Morte à América, morte a Israel".
Iraque
No sábado, cerca de 100 manifestantes reuniram-se na capital, Bagdade, numa praça do centro da cidade, para celebrar a ofensiva do Hamas, agitando bandeiras palestinianas. Os manifestantes espezinharam e incendiaram bandeiras israelitas e gritaram "não aos Estados Unidos, não a Israel".