Joe Biden volta defender solução de dois Estados e Ursula von der Leyen diz que é preciso agir também em prol das necessidades humanitárias dos palestinianos.
O Primeiro-ministro e o ministro da Defesa israelitas visitaram as tropas estacionadas ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza.
Aguarda-se o início de uma operação terrestre em grande escala. O que estará a retardar a ofensiva é, por um lado, a necessidade de tornar operacionais os militares que estavam na reserva, por outro, lidar com a pressão internacional.
Quinta-feira, a presidente da Comissão Europeia voltava a afirmar que é preciso não esquecer os palestinianos. Ursula von der Leyen afirmava que "não há contradição entre ser solidário com Israel e agir em prol das necessidades humanitárias dos palestinianos".
A ajuda americana, com carros blindados e equipamento, já está a chegar a Israel. Como Bruxelas, o Presidente dos EUA acusa o Hamas de terrorismo mas frisava que este não representa todos os palestinianos.
Joe Biden prometeu um "compromisso sem precedentes" para com a segurança de Israel, ainda que não desista de uma "solução de dois Estados".
A Marinha dos EUA, estacionada no Mar Vermelho, terá abatido drones/mísseis, lançados do Iémen "presumivelmente" em direção a Israel. Enquanto Israel e os militantes palestinianos continuam a atacar-se, mutuamente com mísseis e rockets.
O número de mortos na explosão num hospital de Gaza, e de acordo com os Serviços Secretos dos EUA, citados pelo New York Times, está estimado entre 100 e 300. Fontes palestinianas apontavam para 400. Não há qualquer confirmação independente.
Ataque a hospital terá sido um erro
A Associated Press publicou entretanto um vídeo, alegadamente filmado do lado israelita, que mostra uma salva de projéteis, supostamente, palestinianos lançados contra Israel, seguida de uma enorme explosão. De acordo com a AP, que efetuou uma pesquisa de geolocalização, a detonação é consistente com a localização do hospital al-Ahli, que foi atingido em Gaza.
Israel tinha acusado a Jihad Islâmica de ter desviado da sua trajetória um rocket seu para atingir o hospital. Os palestinianos acusavam Israel de ter sido um ataque aéreo deliberado.
Desde o início deste conflito, há mais de 10 dias, já morreram mais de 3.700 pessoas em Gaza, mais de 1.500 são crianças, de acordo com o Hamas, e mais de 1400 em Israel, dados das autoridades israelitas que dão conta, também, da morte de 1500 combatentes do movimento palestiniano, na contraofensiva.
O Hamas mantém 203 reféns, de acordo com novos dados.