Israel reforça presença militar no sul do país enquanto o kibutz Be'eri se reergue das cinzas

A enviada da euronews, Valérie Gauriat, no kibbutz Be’eri, Israel
A enviada da euronews, Valérie Gauriat, no kibbutz Be’eri, Israel Direitos de autor Euronews
Direitos de autor Euronews
De  Valérie Gauriat com Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A enviada da euronews, Valérie Gauriat, foi ao Kibutz Be'eri, em Isarel, e testemunhou os horrores e a destruição deixados pela passagem do Hamas.

PUBLICIDADE

Quase duas semanas após o ataque do Hamas as tropas israelitas estão a reforçar a presença no sul do país. 

A base de operações está localizada no kibutz Be'eri, um dos mais atingidos pelos ataques do Hamas. 

A zona continua a ser considerada de risco e as visitas, incluindo dos meios de comunicação, só são permitidas com autorização do Exército ou do governo de israel. 

Este foi um dos locais onde os ataques do Hamas deixaram marcas que muito dificilmente serão apagadas. 

As equipas da organização israelita de busca e salvamento Zaka ainda estão em choque com o que encontraram, depois de a aldeia ter sido recapturada pelas forças israelitas. Incêndio, tortura, mutilação, violação, os relatos são angustiantes e chocantes. Famílias inteiras, e até uma mulher grávida, foram torturadas e mortas.

Mais de 100 civis residentes em Be'eri continuam a ser dados como desaparecidos ou raptados.

Intervir antes da chegada das forças israelitas

Rami Gold, responsável pela segurança em Be'eri, fazia parte de um pequeno grupo de homens que, durante 12 horas, defendeu a aldeia com as suas espingardas contra os assaltantes do Hamas, antes de o exército israelita chegar ao local e iniciar a batalha. 

A sua casa está entre as muitas que foram destruídas. Conhecia muitos dos habitantes massacrados pelos atacantes e, no momento, a tarefa era enterrar os mortos, "num cemitério temporário", situado num kibutz ali perto. "Porque não podemos enterrá-los aqui", explicava este responsável. Depois disso é preciso continuar a viver: "Um dos lados da história que é o mais fácil para mim, é a nossa força. Vamos voltar para casa e reconstruir tudo. E agora podemos voltar a reclamar a nossa vida", garantia.

Uma parte das casas do kibutz nunca serão reconstruídas. Os sobreviventes demorarão, sem dúvida, algum tempo até poderem regressar às que ainda estão de pé. 

Tropas israelitas preparam-se para ofensiva terrestre

Acampados ali ao lado, a poucos quilómetros da faixa de Gaza, militares que estavam na reserva preparam-se para a ofensiva terrestre contra o enclave palestiniano que o ministro da Defesa israelita prometeu que estaria iminente.

O Major Marcus Sheff, porta-voz das IDF, explicava que estes homens "estão a preparar os seus tanques" para o caso do "governo decidir" avançar para a "próxima fase das operações". Para estarem ali, acrescentava, deixaram as suas famílias, deixaram as suas casas".

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Corredor Humanitário para Gaza deve abrir esta sexta-feira, António Guterres esteve em Rafah

Netanyahu disse a Blinken que não vai aceitar o fim da guerra em Gaza

Israel tenta impedir Tribunal Penal Internacional de emitir mandado em nome de Benjamin Netanyahu